Vigésimo Capítulo - A(mar)

554 83 37
                                    

Macarena chegou ao bar em busca de Zulema, entrando e procurando pela mulher de cabelos negros com o olhar por toda a multidão, mas visualmente não a encontra. 

A multidão e aglomeração que se formava no lugar todo era sufocante, ela estava esbarrando em pessoas que dificultam sua passagem por onde tentava andar. 

De fato, ela estava cansada e querendo que isso acabasse o mais rápido possível para poder voltar para casa, bares ou baladas, o que quer seja não era sua "praia".

"Ela deve ter ido ao banheiro, espera mais um pouco Macarena" - A rubia pensa indo ao bar, enquanto tentava desviar dos estranhos e das luzes que vinham como flashes em seu rosto, se sentando no banquinho apoiada no balcão. 

- Uma água, por favor - Macarena pede ao barman, que a observa com cara de confuso.

- Água - Macarena faz um "legal" com a mão virando, simbolizando uma garrafa à bebendo.

O moço apenas se retira, indo buscar o pedido da rubia, voltando e a entregando, colocando em um copo.
Macarena pega o copo e congela quando estava bebendo, não se sabe porque estava muito gelada, ou porque ela ouviu uma risada muito parecida com a de Zulema, justamente ao seu lado.

Prontamente, ela se vira observando a mulher que estava de costas pra ela, de moletom e capuz na cabeça.

"Claro, por isso eu não a achei" - Macarena diz mentalmente para si mesma e balançando a cabeça negativamente,  se referindo ao fato de Zulema estar de capuz, cobrindo todo seu cabelo.

Zulema continuava rindo e Macarena se inclinava mais para o lado, conseguindo ver um estranho conversando com ela.

O que deixou Macarena mais enfurecida, a ponto de se levantar e querer sair do lugar, mas esqueceu que ainda não tinha pagado a conta pela água. 

O que a fez retornar para o seu lugar e terminar sua água. Não era tequila mas Macarena podia sentir o líquido descer e arder pela sua garganta de tanta raiva. 

Quando terminou, bateu o copo na mesa com força, que por um triz não quebrou, consequentemente fez um barulho alto para os que estavam perto, e disse em voz alta, o suficiente para que uma pessoa específica pudesse ouvir. 

- Ei! Um outro copo de água e uma bebida para essa senhora que está ao meu lado tomar vergonha na cara.

Zulema rapidamente se virou na direção de Macarena quando ouviu a sua voz.

- Macarena, o que você está fazendo aqui? - Zulema estreitou os olhos.

- Oh Zulema? Você está aqui! Que coincidência, você sempre vem aqui? Não quer me mostrar o resto do bar e me apresentar ao seu amigo? Ou namorado? O que ele é pra você?- Macarena diz com a voz cínica.

- O que está fazendo aqui? - Zulema repete a pergunta friamente.

- Porque está perguntando isso? Você se importa? Não né, mas eu vim de longe e encontrei esse lugar, e parei para tomar uma água, depois de sair preocupada se tinha acontecido alguma coisa e procurar pela pessoa mais filha da puta do mundo.

- E a encontrou?

- Não, eu estava procurando pela pessoa que ela era antes, mas eu não encontrei e talvez seja melhor assim porque dessa vez, não vai ser mais ela, quem vai sair da minha vida e sim eu da dela, para sempre! - Macarena diz tentando segurar as lágrimas nos olhos não conseguindo, deixando apenas o dinheiro e saindo do local, sem esperar a resposta de Zulema ou se ela a seguiria, enquanto a mais velha ficou parada no lugar pensando no que fazer.

- Quem é essa mulher doida? - O estranho pergunta.

Esse desconhecido aleatório com quem ela conversava, aproveitava para dar umas investidas mas Zulema sempre negava porque sabia que ele só conversava com ela por interesse em sexo.

Cuando Te VayasOnde histórias criam vida. Descubra agora