Décimo Oitavo Capítulo - O amor

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O sol já aparecia, quando Zulema acordou cedo e primeiro, decidiu deixar Macarena dormir mais um pouco, que praticamente dormiu em cima dela. Subiu as escadas se alongando e foi tomar banho.

Quando Zulema foi para o quarto de Rosa, ela já estava acordada, somente à espera de que alguém fosse pegá-la. Zulema a pegou, deu banho e colocou uma fralda.

- Quem diria que eu trocaria fralda de um bebê. Agora vamos comer, porque eu também estou morrendo de fome - Zulema a pegou novamente e desceram as escadas.

- Um café para mim e o que pra você? - A mais velha perguntou quando já estava na cozinha, pegando os ingredientes do café e estava olhando a geladeira. - Um suco? de laranja? - Zulema pegou as laranjas da fruteira e fez malabarismo, jogando as frutas pro ar e pegando, e rindo com a risada de Rosa.

Ela preparou o café e Macarena acordou mas não se levantou, ficando mais alguns minutos deitada, pensando.

- Bom dia Mamá Rubia - Zulema chega com Rosa no colo perto de Macarena.

- Bom dia - Macarena diz com a voz sonolenta.

- Eu preciso sair, sua vez de ser a mãe, o suco tá ali em cima - Zulema entrega Rosa para Macarena, que não estava entendendo nada, pois tinha acabado de acordar - Até mais tarde.

Zulema sai o mais rápido possível da casa para não perder tempo, entrando no carro e acelerando.

- Dios, o que deu nela? - Macarena pergunta para Rosa, depois verificando o horário no relógio que marcava sete horas da manhã e revirando os olhos em seguida.

[...]

Depois de tanta procura em cada hospital da cidade, Zulema já estava quase desistindo quando estacionou o carro e atravessou a rua, entrando no hospital e finalmente encontrando.

- Bom dia, eu estou procurando o inspetor Castillo, ele está internado aqui?

- A senhora é parente dele, esposa, filha dele?

- Como se fosse - Zulema murmura.

- Perdão?

- Sim, sou a filha dele, Zulema Castillo, ele está aqui?

- Sim, por aqui, por favor me acompanhe.

"Que estranho, eles não pedem os documentos, que pena porque eu não ia dar mesmo"

Zulema pensava enquanto seguia a recepcionista pelos corredores que davam arrepios nela para o quarto onde Castillo estava. Elas finalmente chegam e quando entram no quarto, Zulema pergunta:

- O que aconteceu? - A recepcionista olha com desconfiança para Zulema enquanto ela fala - Eu sou a filha mais distante da família e a favorita dele, você sabe como são as coisas, muito trabalho e poucos momentos com ele.

- Ah sim... foi uma briga, ele recebeu uma pancada na cabeça muito forte e por conta do tumor que ele já tinha em estado avançado agravou tudo, o deixando em coma.

- Coitado do Castillo... quer dizer do meu pai - Zulema se autocorrige.

- Vou deixar vocês a sós mas tem que ser rápido, não é horário de visitas - A recepcionista fala verificando o relógio de pulso que tinha - Qualquer coisa é só nos informar - Disse logo depois saindo do quarto.

Zulema caminha até a cama onde Castillo estava observando o quarto do hospital atentamente.

- Eu disse pra você não morrer e você não morreu. Joder, você nos salvou, não vou poder ficar muito tempo aqui, mas faremos o possível e o impossível para que você volte - Zulema diz e logo depois a porta é aberta.

Cuando Te VayasOnde histórias criam vida. Descubra agora