Décimo Capítulo - Hospital

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"Tantas noites em claro, por culpa do sofrimento, tantas noites em claro, por pura felicidade. Conforme você suspira e vira de um lado pro outro. É o seu cérebro nunca sendo capaz de desligar; Mas talvez a madrugada seja para pensar, e não dormir."


P.O.V Zulema Zahir.

Nessa noite parada olhando para as paredes, eu me perguntei porque amamos tanto a vida e odiamos a ideia de morrer. Eu ainda estou aqui e viva mas com um propósito; deixá-las a salvo. 

Acredito que se fosse a alguns meses atrás estaria feliz em saber que a vida, já não fazia mais parte do meu cotidiano e que agora iria poder me encontrar com Fátima, escutar a voz que sempre me motivava a vingar pela sua morte.

Sobre o questionamento que eu fiz, cheguei a uma conclusão: amamos a vida porque ela é uma linda mentira, e odiamos a morte porque ela é uma dolorosa verdade.


Distante de Marrocos; Zulema ficou a noite inteira acordada, pensando em uma forma de como iria contar tudo para Saray de um jeito que a mesma não se descontrolasse tanto. 

Quando a porta de seu quarto foi aberta por sua amiga à chamando para ir tomar café. Zulema já estava vestida, então estava somente à espera desse momento.

Estavam só as duas em casa por conta que Mala havia ido trabalhar e tinha aproveitado em levar Estrella na escola.

- E então? – Saray pergunta.

- Bom dia pra você também 

- Bom dia, e então?

- A verdade, só a verdade e nada além da verdade? - Zulema estava testando a paciência de Saray.

- Por favor e pare de enrolar.

- Joder… A verdade é que eu estava no deserto fugindo de um narcotraficante chamado Ramala, que queria me matar por ter roubado sua tiara de diamantes com outras pessoas.

- QUE? – Saray se engasgou com o café que estava tomando.

- Não só roubado como também sequestrado a filha dele, que Deus à tenha. - Zulema fala com desdém comendo seu iogurte. 

- VOCÊ A MATOU? Zulema que merda você tem na cabeça? – Disse já se levantando e andando de um lado pro outro. 

- Um tumor, bom eu tinha.

- QUE?

- Não, e foi ela que se matou, depois disso Ramala mandou os capangas dele nós matar e o filho da puta ainda continua vivo.

- Espera, você tá me deixando doida e quem fazia parte desse assalto? – Se sentou novamente.

- Uma tal de Flaca, Mônica que era enteada do Ramala, ela que nos ajudou a entrar na festa, Ramala conseguiu matar as duas. Essa agora você conhece, Goya da prisão e a namorada dela, Triana, um unicórnio em forma humana e a ... – Zulema ficou pensando e abaixou a cabeça. 

- Desembucha Zulema.

- Essa não importa.

- "A verdade, só a verdade e nada além da verdade?" - Saray fala imitando Zulema 

- Joder, a Rubia - Zahir olha para Vargas.

- Fez esse assalto com a rubia e não veio me falar nada? – Saray fingia estar indignada.

- Não só um assalto mas sim vários assaltos, não tínhamos nada a perder.

- E que mais?

Cuando Te VayasOnde histórias criam vida. Descubra agora