Vigésimo Quinto Capítulo - Último Capítulo

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Passaram-se três anos desde a morte de Castillo, apesar do sentimento de luto elas seguiram a vida juntas e sem brigas, por incrível que pareça. Nem tudo era perfeito e o relacionamento delas não seria diferente, ambas cresceram e amadureceram, uma aprendendo com a outra.

Macarena conseguiu um emprego de caixa de supermercado, Zulema disse que isso não era necessário pois havia dinheiro de sobra, mas Macarena insistiu tanto que a mais velha a apoiou, que por ironia do destino fazendo referência às palavras de Zulema.

Maca propôs a Zulema a ideia de contratar uma babá para cuidar de Rosa, mas foi descartada pela árabe que não permitiu que alguém cuidasse de seu pequeno escorpião e que se algo acontecesse com ela, não conseguiria carregar essa culpa. A mesma ofereceu cuidar de Rosa enquanto Maca não estivesse e prometeu tentar cuidar da casa. Maca perguntou a ela se haveria algum problema e Zule disse que não. Ela adorava a companhia de Rosa e de como o tempo passava rápido demais enquanto estava com ela.

No primeiro dia de trabalho de Maca, a Rubia se despediu das mulheres de sua vida, o que resultou na seguinte frase:

- Sua mãe vai protegê-la, ela não irá hesitar em grampear as pálpebras de alguém caso te machuquem, hein? - A morena apenas revirou os olhos, sabendo que era verdade. 

Com o trabalho de Macarena, Rosa ficou mais apegada à Mamãe Zule do que já era, passando seu tempo juntas e esperando a Mamãe Maca voltar do trabalho no final da tarde.

Já a Mamãe Zule realmente levou a sério a responsabilidade em ter uma nova filha e cuidá-la, como não pôde fazer com Fátima. Repassando seus ensinamentos de como se proteger das pessoas se algo acontecer e também a enchendo de beijos no final da tarde, enquanto Mamãe Maca se juntava a elas também as enchendo de beijos, as três abraçadas olhando o entardecer e o sol se pondo. 

Macarena tinha a experiência de vida tranquila de que alguém que a amava e que lhe esperava em casa ao fim do dia.

O tempo passou cada vez mais rápido, 
Rosa havia entrado na escola, o que causou um alvoroço em Macarena no seu primeiro dia de aula. A Rubia chorava vendo seu pequeno bebê entrando e logo parando na porta às dando tchau e o outro bracinho agarrado ao escorpião de pelúcia que Zulema a deu. Causando uma pequena lágrima escorrendo dos olhos da morena que limpou rapidamente e acenou de volta, com o coração apertado, logo em seguida tirando uma foto do momento com sua câmera.

As lembranças ficaram para trás mas nunca foram esquecidas, até porque é algo crucial para definir o presente.

[...]

A época em que todas as 
crianças do mundo todo esperam o ano todo e fantasiam com o bom velhinho, mais conhecido como Papai Noel, havia chegado e isso não foi diferente no lar da família Ferreiro Zahir.

Elas já tinham a presença de um pequeno ser que animava a casa, porém agora bem maior, que estava trazendo dor de cabeça a Macarena, por estar correndo e roubando as bolas de natal da imensa árvore que deixava o lugar com o clima mais natalino possível e arrancando risadas da mais velha que incentivava Rosa a pegar mais bolas.

- Rosa, para de se enrolar no pisca-pisca, pelo amor de Deus, vocês vão me derrubar dessa escada, ZULEMA FAZ ALGUMA COISA! - Macarena estava em pé na escada olhando para as duas que estavam correndo em baixo.

- Corre Rosa que a mamãe Maca está furiosa com a gente, Vamos! - Zulema incentivava a menor.

- Mamãe Zule pega! - Rosa joga uma bola de natal que acerta na barriga de Zulema.

- Ai joder, coño, você me acertou, corre! - Zulema fingindo, fala com dificuldades e se deitando no chão.

Macarena somente suspirou ao ouvir a pequena série de palavrões ditos por Zulema, já estava acostumada e já estava na espera de Rosa dizer algum deles, o que ainda não havia acontecido. 

Cuando Te VayasOnde histórias criam vida. Descubra agora