32.

453 55 11
                                    

Any Gabrielly

Pisquei, lutando para manter meus olhos abertos. A coberta já estava longe. Apesar de o verão ter acabado de começar, as noites costumavam ser frias. Mas, com tanto calor corporal, cobertores eram totalmente dispensáveis. Quem precisava de cobertor quando se tinha o corpo de Joshua?

Segurei firme em seus ombros quando suas mãos guiaram minha cintura a rebolar em seu colo. Passeei meu nariz por sua mandíbula, nossas peles se tocando com uma delicadeza insuportável. Precisava de firmeza, contato decente. Cada parte do meu corpo desejava sentir cada parte do dele.


Senti minha respiração perder o ritmo quando a mão dele subiu por meu corpo. Com a maior leveza, seus dedos escorregaram por minha barriga, deslizaram por entre meus peitos, se arrastaram por minha garganta e finalmente pararam em meus lábios. Ele desenhou o formato da minha boca e a encarou fascinado. Com cuidado, ele levantou os olhos, me olhando, olho no olho. O azul escuro brilhava luxúria, e aqueles olhos nunca estiveram mais lindos.

No sofá da sala, o espaço era limitado, então usei como desculpa para montar em seu colo. Sentir meu peito prensado contra o dele me tirava o fôlego.

Com desespero, tomei espaço entre nós para arrancar sua camiseta fora. Assim que ela já estava jogada em algum lugar da sala, pude mapear cada traço de seu tronco. Os braços finos, a cintura estreita, o peitoral quente. Cada detalhe. Fui interrompida no meio do processo quando ele segurou minhas mãos no alto e puxou meu blusão. Meu cabelo, que estava preso em um coque, se soltou imediatamente, voando até emoldurar minha cabeça.

Com admiração, ele voltou a deslizar a mão suavemente por meu corpo. Ele estava compenetrado enquanto contornava cada pedaço do meu sutiã branco, com algumas rendinhas nas bordas. Seus dedos voltaram a tocar minha boca, se arrastando tortuosamente por meus lábios. Ele deslizou o dedão por meu lábio inferior e, quando o tirou, precisei morder o lugar com força para suprir a falta do calor de seu toque ali. Assim que seus olhos se levantaram para os meus novamente, ele analisou meu rosto. Delicadamente, ele pegou uma mecha do meu cabelo e a guardou atrás de minha orelha.

Tinha algo de extremamente sexy e excitante em como nós desenvolvíamos o momento. O meu jeito de estar no controle, com o sexo carinhoso dele, quando mesclados, davam um resultado incrível. Era a dose certa de cada um, nossas experiências e habilidades usadas para apresentar novos prazeres um ao outro.

Estava tão distraída com os olhos azuis escuros, a mão acariciando minha bochecha e a boca – extremamente convidativa – entreaberta, que sequer percebi que sua outra mão estava no fecho do meu sutiã. Apenas percebi quando, assim que o sutiã caiu do meu corpo, seus olhos desceram imediatamente para meu colo. E, num espaço curto de tempo, meu cérebro deu pane quando uma boca, dentes e dedos tocaram meus peitos. E não foi delírio nenhum quando meu cérebro receptou a mensagem de que eu estava no paraíso.

*

Na primeira semana do verão, Sav já estava planejando viajar para nossa pequena cidade. Ela disse que iria assim que estivesse liberada da faculdade, e foi o que fez. Em menos de uma semana após o início das férias de verão, Savannah já estava parada em frente a minha porta, acompanhada de duas malas gigantes. Ela me abraçou apertado antes de avançar para dentro da casa, deixando as malas na porta para que eu as levasse. Típico de Savannah.

— Você sentiu tanto a minha falta! – disse Sav, se sentando no sofá.

— Acho que você quis dizer "Senti tanto a sua falta!" – sorri, me deitando no sofá com a cabeça no colo dela.

The Louise Lake | BEAUANYOnde histórias criam vida. Descubra agora