08.

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Any Gabrielly

Sendo sincera, não sabia como aquela ideia do Josh poderia me ajudar. A ideia dele era realmente boa, mas não parecia que surtiria efeito. Estávamos saindo em um “encontro”, mas, na minha experiência quase inexistente, esse era o momento onde os componentes do casal ficavam se tremendo e remoendo de nervoso. Eu não estava nervosa, apenas ansiosa para ver como ele lidaria com isso.

Ele dirigiu por apenas duas quadras de distância da minha casa, em seis minutos já estávamos entrando no restaurante.

Nós sentamos frente a frente e encaramos um ao outro. Aquilo era mais constrangedor do que eu imaginei que seria.

Ele me olhou e sorriu. Eu sorri de volta.

— Você tá bonita. – ele disse. — Muito bonita.

Olhei para baixo, analisando minha própria roupa. Eu não estava com uma super produção, mas eu realmente estava bonita.

Eu vestia uma blusa branca de seda com alça fina, uma calça justa preta e botas pretas de cano curto nos pés. Meus cabelos estavam soltos, como sempre, e eu quase não usava maquiagem.

— Obrigada. – sorri. — Você também não tá nada mal. – ele sorriu.

Nem me incomodei com o elogio, sabia que fazia parte do plano dele. Receber o elogio só me fez pensar mais ainda que aquele plano seria apenas perda de tempo. O elogio não surte efeito algum quando eu sei que ele não quis dizer aquilo.

— Quer pedir logo? – ele perguntou, me oferecendo o cardápio.

— Tá bom. – aceitei o objeto, começando a procurar algo de meu agrado.

No final, eu pedi apenas um mac’n cheese e Josh escolheu um poutine, um prato de batata frita com cheddar e molho de carne. Para beber, escolhemos o vinho gelado. Eu realmente gostava daquele vinho doce e gelado.

Nós conversamos enquanto os pratos não chegavam. Ele me contou como era sua vida antes da minha chegada e eu o contei um pouco sobre como era em Ottawa.

Josh se divertiu com a história de como eu conheci Savannah – que foi quando eu estava tentando me livrar de um cara que estava afim de mim e, pra isso, beijei a primeira mulher que vi na minha frente. Claro, não sem antes falar rapidamente que precisava de ajuda.

Josh também contou algumas histórias de sua infância, como quando ele estava sozinho em casa com Joalin e se escondeu dentro de casa com uma mala de roupas para ele ver qual seria a reação de sua irmã caso ela pensasse que ele tinha fugido. A melhor parte é que, depois de três horas escondido dentro de um guarda-roupa, ela não percebeu a falta dele e ele desistiu do plano.

Quando nossos pratos chegaram, nós começamos a comer em silêncio. O meu macarrão estava maravilhoso, mas as expressões que Josh fazia me fazia pensar que logo logo ele teria um orgasmo de tanto prazer com o alimento.

— Josh? – chamei.

— Hum. – não sei dizer se ele murmurou ou gemeu. Acho que foi uma mistura dos dois.

Segurei a risada — Quando você começou a tirar fotos? – perguntei, levando uma garfada generosa de macarrão à minha boca.

— Não sei. Acho que quando eu achei a câmera da minha mãe e descobri que ela tirava fotos. AÍ eu comecei.

— Já pensou em abrir um estúdio? – no momento que fechei a boca, os olhos dele se arregalaram e eu jurei tê-los visto brilhar.

— Definitivamente! – ele deu um breve pulo na cadeira. — É pra isso que trabalho com o Liam, pra investir no meu futuro estúdio.

The Louise Lake | BEAUANYOnde histórias criam vida. Descubra agora