Capítulo 26 ❤

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Ver seu olhar de decepção sobre mim, me fez se sentir a pior pessoa do mundo. Eu deveria ter lhe contado, não poderia esconder uma verdade que faz parte de mim, da pessoa que sou hoje. Flora foi por esses anos, a minha força para continuar a viver, o incentivo para levantar todas as manhãs e encarar a vida com vigor.

Entro de volta no orfanato e vejo meus pequenos brincando totalmente alheios ao que se passa aqui. Tento me concentrar em lhes dar atenção pela hora seguinte, até que vejo Dona Tereza vir ao meu encontro com uma expressão assustada.

- Olívia!

- Sim. Está tudo bem? - fico de pé no mesmo instante e por algum motivo, a imagem de Christopher me vêem a mente e sinto um aperto forte no peito.

- Tem uma senhora por nome de Diana, lhe esperando no telefone.

- Diana?

Engulo em seco e corro sem esperar sua resposta. Por mais que eu diga que não, sinto que algo de ruim aconteceu e só me vêem o rosto dele em mente.

- Diana o que aconteceu com, Christopher? Não me esconda nada. - digo, temendo o que ouviria no segundo seguinte.

- Olívia, preciso que volte para casa agora. Aqui nós conversaremos melhor.

- Não! Eu quero que me diga agora, Diana. Eu sei que algo aconteceu com ele e você não está querendo me dizer. Por favor, não me deixa mais nervosa do que já estou.

Às lagrimas já descendo pelo rosto, a dor apertando cada vez mais em meu peito. Se algo tiver lhe acontecido, eu não vou me perdoar.

- Christopher sofreu um acidente. - disse ela chorosa. - Um carro colidiu com o dele a poucos minutos, ainda não sabemos qual o seu estado, mas pelo que ouvi Jospeh dizer, o impacto da batida foi feroz.

Caio sentada no chão, ainda com o telefone no ouvido. Eu não posso acreditar, ele... ele tava bem horas antes e agora isso acontece. A dor em meu peito é ainda mais horrenda com a imagem do olhar decepcionado que ele me lançou antes de sair.

- Olívia! Você está bem? Fale comigo. - Diana me chama, tirando-me do transe.

- Sim. Eu... eu... estou indo pra ir agora. Me mantenha informado, Diana.

Faço um esforço além do normal para que as palavras façam seu percurso. Mas sinto tudo dentro de mim doer, porém, o que me dói mais, é o coração, ele está em pedaços, e os cacos parecem cavar furos em peito, porquea dor é ardente.

- Está bem. Fred já está em frente ao orfanato, então mande-o trazer Josh até mim e se você não estiver muito mal, siga para o hospital. Joseph ja está lá a sua espera!

- Ok!

Desligo o telefone e percebo que Dona Tereza, está ao meu lado. Suas mãos repousam em meu ombros e de alguma forma, me passam força.

- Preciso ir. Eu... - digo e suspiro. - Christopher precisa de mim.

- Tudo bem. Prometo que cuidarei de Flora. - Ela me envolve em seus braços. - Vai ficar tudo bem, querida. Deus cuidará daquele moço, Ele não vai deixar que o pior lhe aconteça.

Balanço a cabeça entre soluços e sigo para fora. Me despeço rápido de Flora, prometendo que voltarei em breve e saio com Josh ao meu lado. Seus olhinhos curiosos me perguntam o por que de termos saído assim, mas apenas o abraço e lhe digo que está tudo bem.

Deixo o carro quando chegamos a cidade e os vejo partir. Josh me olha da janela e acena, sorrio pro meu pequeno. Quando não os vejo mais, chamo um táxi e peço que me leve ao hospital central.

Em busca do amor (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora