Capítulo 27 ❤

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Sinto minha cabeça doer, de acordo como vou abrindo os olhos

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Sinto minha cabeça doer, de acordo como vou abrindo os olhos. Tento me acostumar com a claridade que incendeia o ambiente, e me remexo de lado na cama, é tão desconfortável que me parece que estou deitada em cima de pregos pontiagudos a dias.

Olívia está dormindo sentada em uma pequena poltrona ao meu lado. O cabelo bagunçado, e posso ver olheiras se formando de baixo dos olhos, o que me faz lembrar que estou em um hospital e as imagens do meu carro batendo em outro me vêem a mente, fazendo com que a dor aumente.

A dor lateja do lado direito da cabeça.

- Christopher! - Olívia desperta e vem para o meu lado como um flash. - Você acordou. O médico disse que dormiria, mas não imaginei que fosse tanto.

- Minha cabeça doí. - digo por fim.

- Você levou uma pancada na cabeça quando se acidentou. Lembra disso, não lembra? Do acidente?

Ela me pergunta temerosa e acabo rindo.

- Do que está rindo? Você quase morreu, sabia? - ela bate no meu ombro e faço uma careta de dor. - Ah, me desculpa.

Sua cara de birra me faz rir, mesmo sentindo minha cabeça doer. Seus olhos procuram os meus e acabo ganhando um sorriso dela.

- Seu idiota, você me assustou!

- Claro que lembro do acidente. - digo a puxando pros meus braços. - Eu estava furioso e... só me desculpas por te fazer passar por isso.

- Se você me prometer que não vai sair por aí de novo dando uma de velozes e furiosos, eu o desculpo. - Ela diz risonha.

- Claro. Vou lembrar disso da próxima vez.

- Não vai ter próxima vez, Chris. Você quase me matou nessa e ainda pensa em outra?

- Estou brincando, amor. - Ela para de brincar com os meus dedos e me olha espantada. - O que foi?

- Do que me chamou? - uma lágrima desce por seu rosto e trato de limpá-la.

- De amor! - digo e beijo seus lábios. - Porque é exatamente isso que você é. Meu amor!

Ela me beija e mesmo que a dor esteja me incomodando, eu não dou a mínima. Está com ela em meus braços depois de quase morrer, é tudo que mais quero.

Vou tomar isso como uma segunda chance e fazer valer a pena, e a primeira coisa que preciso fazer agora é sair desse hospital e vê-la. Se aquela criança é importante para Olívia, posso troná-la importante pra mim também. Porque no fundo, quando a vi naquela sala, senti um sentimento novo me  invadir por dentro.

Em busca do amor (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora