Stevens
- Dr. Stevens, o advogado Carlos está a sua espera na sala. Posso mandá-lo entrar, ou deseja que o diga quê o senhor não está?
- Mande-o entrar agora mesmo, sua imprestável. - digo perdendo a paciência.
- Sim, senhor.
A garota sai da minha frente a passos largos. Eu só a mantenho aqui porque preciso de seus serviços e apesar de sua lerdeza, ela é a única que sabe como preparar uma refeição digna.
Prendo os olhos na porta esperando que o idiota do Carlos passe por ela. Outro que se eu pudesse já teria mandado ir embora.
- Boa noite, senhor. - disse ele assim que entrou na sala.
- Por quê veio aqui há essa hora da noite? Achei que já tivesse sido bastante claro quando disse que não me incomodasse depois das sete.
- Me desculpe, senhor. Mas o que tenho a dizer não poderia esperar até amanhã.
- O que é de tão importante quê não possa esperar algumas horas? - Fico de pé já sentindo meu sangue esquentar. Marcos recoa um passa a trás.
- Eu... eu...
- Vamos, desembuche logo de uma vez.
- Os documentos que estavam dentro da minha maleta sumiram. - disse ele apressado. - Eu não sei como isso aconteceu, mas hoje quando fui pegá-los pra levar pro escritório eu vi que não estavam mais.
- O QUÊ?
O puxo pelo colarinho e aperto seu pescoço com força, deixando claro que seu comentário havia me deixado maos que irritado.
- Diga que está brincando, Marcos. Você sabe que se aqueles documentos caírem em mãos erradas nós estamos ferrados. DIGA QUE ESTA BRINCANDO, SEU IMBECIL.
- Eu sinto muito...
- Eu deveria despachar você pro mesmo lugar que mandei Merith agora mesmo. - Meu punho vai de encontro ao seu rosto, quando ele cai no chão dou dois chutes em seu estômago. - Mas vou poupá-lo. Será que você tem noção da merda que você fez?
O puxo novamente para cima e aperto seu pescoço.
- Senhor, por favor... eu... eu... não consigo respirar.
- Não, consegue? - rio. - Então estou no caminho certo.
Seus olhos esbugalhados me fitam cheio de temor. O sangue escorre pelo nariz e sinto uma vontade tremenda de acabar com esse imprestável, mas ele ainda me será útil.
- Merda! - praguejo e o solto. - Eu adoraria o matar agora mesmo, é uma pena que vou ter que deixar isso pra depois.
- Matar? O senhor... não pode me matar, eu imploro.
- Não se preocupe, isso não está nos meus planos, prlo menos não agora.
Caminho até a mesa e me sirvo de um copo de Wuiske, a bebida desce rasgando goela a baixo. Marcos está abaixado no chão, o fuzilo com os olhos. Esse idiota só está me trazendo prejuízo.
- Pelo menos sabe onde os deixou? - pergunto tentando controlar a raiva que estou sentindo.
- Pode me servir um copo? Minha... minha garganta está seca.
O sirvo e me sento de volta em minha cadeira. Acendo um cigarro e dou dois trago esperando o homem a minha frente começar a falar.
- Eu não tenho certeza mas, acredito que ficou no café do seu filho no dia em que nos encontramos com o Dr. Christopher.
Suspiro fundo.
- Como tem tanta certeza? Já faz algumas semanas em que estivemos lá.
- Bom, eu não tenho. Mas aquele dia foi a última vez em que peguei a pasta com os documentos. Então, a probabilidade de que os deixei lá é favorável.
Menos mal!
Tomo mais um gole da bebida; fecho os olhos e respiro fundo. Brayan deve ter os visto e guardado, preciso pegar aqueles papéis de volta antes que ele caia em mãos erradas e comprometa Lohan. Porque se ele cair, eu também afundo e se eu afundar, levo quem tiver a minha volta comigo.
{...}
- Onde está o Brayan? - pergunto assim que coloco os pés no café no dia seguinte.
- Senhor eu já disse, o seu filho está em uma viagem e não temos previsão de quando voltará.
A loira a minha frente que é muito bonita por sinal, fala mais uma vez. Bufo!
Saio do balcão e entro a passos largos no escritório do meu filho. Passo os olhos pelos ambiente, tudo muito bem organizado. Em cima da mesa há uma foto dele com a mãe, pego o retrato e passo o polegar por cima de seu belo rosto. Por um momento as lembranças de nossos momentos na juventude me vêem a mente e sinto saudades. Mas quando lembro do dia em que ela chegou pra mim e disse que não queria mais viver de baixo do mesmo teto que eu, porque o amor havia acabado e já não aguentava apanhar, o ódio me sobe a cabeça.
Eu não tinha culpa, ela merecia as bofetadas que eu lhe dava. A cada vez que eu lhe batia havia um motivo plausível; seja quando eu a via olhando diferente para outros homens, ou quando errava no ponto do sal, aquilo me enchia de raiva.
Busco pelas gavetas algum sinal da pasta amarela, mas nada. Droga! Onde será que aquele palerma guardou esse papéis? Reviro cada sentimento daquele lugar, deixo a sala quando percebo que estou apenas perdendo tempo.
A loira está no mesmo lugar de antes, seus olhos vem até mim quando me aproximo dela.
- Quero que entre naquela sala e abra o cofre. Agora!
- Senhor, Stevens, eu não posso fazer isso.
- Eu estou dando uma ordem. - seguro firme em seu braço, ela tenta se soltar mas apenas aperto ainda mais. - Faça o que estou mandando, ou você vai se arrepender garota.
- Você está machucando meu braço e os clientes estão nos olhando. Por favor, me solte!
- Não! - esbravejo.
- Se eu fosse você faria o que ela pediu. - uma voz masculina soa atrás de mim, viro-me para ver quem é o imprestável que resolveu se intrometer onde não é chamado.
- Haha! E, porque eu deveria fazer isso? - zombo.
- Por isso!
Sinto o punho de Damon no meu rosto. O gosto de sangue na boca me faz ficar enraivecido. Até que o garoto tem um punho firme.
- Espero que saia daqui antes que eu quebre ainda mais a sua cara. Quem você pensa que é pra machucar a minha garota, seu covarde.
Rio.
- Você e o Christopher ainda vão se arrepender por terem traçado o meu caminho. - Deixo o café sem olhar pra trás, sinto os olhos aterrorizados das pessoas a me olhar. Contudo, apenas continuo a passos largos em direção ao meu carro. Soco com força o volante sem dar atenção para a dor que afoguenta meus tendões.
- Stevens! Eu não o esperava aqui tão cedo. - disse Júlia ao me ver parado na entrada do seu apartamento. - E, pelo visto seu humor não está nada bom.
- Cala a boca!
Fecho a porta com força e a puxo para meus braços. A mulher me joga um olhar sedutor pra logo em seguida abocanhar os meus lábios selvagem.
#BoaTarde
E aí, pessoal! Tudo bem? Estão prontos para o final? Porque já estamos nos últimos capítulos.
Quem aí está ansioso para o dia do julgamento do nosso protagonista? Estou com pena do Chris, queria poder proteger ele de toda maldade. Até breve! 💔
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Em busca do amor (CONCLUÍDO)
RomanceLivro único📕 🥇#1° em espiritual 16/01/2022 Christopher Campbell, é o CEO mais bem sucedido de toda Seattle. Conhecido pela sua ardileza, e principalmente por ser um homem frio, calculista, e presunção. Ele ver sua vida mudar do dia para a noite qu...