Epílogo: O que acontece depois do fim? ❤

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Dezoito anos depois...
31 de julho.

JOSH

Abro os olhos e vejo o tempo que foi se passar. Lá se foram dezoito anos de história, é muito tempo pra contar em poucas linhas. Sabe o que eu acho, é que o tempo não espera por ninguém, se você não estiver a tento as voltas que ele dar, a sua vez passa e você nem se dá conta do que perdeu.

Eu tenho ao meu lado a melhor família que alguém poderia ter, mais vocês sabem que nem tudo foi flores como é agora. Enfrentar o desprezo do meu pai não foi legal, sentir que você é um peso para alguém é um sentimento que não desejo a ninguém.

Eu era apenas uma criança que julgava ser um peso para as pessoas a minha volta, achava que ninguém gostava de mim de verdade, mais aí eu conheci ela. Olívia. Ela me mostrou o que era o amor.

- Tem certeza que quer fazer isso sozinho? - mamãe pergunta me ajudando a abotoar a blusa.

- Eu não sei bem o que pensar, mãe. Só sinto que preciso ir até lá pra poder seguir em frente de vez. Mas se a senhora não quiser que eu vá, eu não vou. - digo.

- De maneira alguma. Josh, eu não seria uma boa mãe se o impedisse de passar por aquela porta. - sorrio. Ela chora.

- Mãe, não chora. Por favor! - Olivia limpa o rosto, a abraço.

- Eu só tenho medo de perder você, só isso. Na minha cabeça fica martelando que você vai e depois não vai mais querer saber de mim. - ela expõe o que sente.

- Mãe, eu jamais vou permitir que um alguém do passado fique entre nois. Você é a minha mãe, ninguém vai tomar o seu lugar. Eu amo a senhora mais do que tudo! - digo tirando mais lágrimas dela.

Ela funga.

- Tá bom. Acho melhor você ir andando, já está quase na hora. - falou me puxando para fora do quarto.

- Obrigado.

Beijo sua testa e sigo para a saída, antes que eu saia, ela fala:

- Posso esperar para o jantar? - mamãe me olha temerosa, essa não foi uma pergunta qualquer. Se eu disser que voltarei, significa que nada do que acontecer nas horas seguintes mudará o que há entre nós.

- A gente se encontra na casa do vovô. Até mais tarde! - a tranquilizo.

Bato a porta a trás de mim e sigo para meu carro. Ganhei esse carro quando eu completei vinte anos, foi um presente do meu pai. Confiro a hora no relógio antes de colocar o carro em movimento, eu só tenho 15min para chegar ao meu destino.

Coloco uma música no carro, eu estou nervoso pra caramba e não seu bem o que fazer pra diminuir essa tenção. Eu esperei tanto tempo pra esse dia chegar, ensaiei tantas e tantas vezes o que iria falar na, na frente do espelho, agora parece que me deu um branco.

Um passado mal resolvido pode resultar numa vida infeliz. Eu estou rodeado de uma família incrível, de pessoas que me fazem feliz, mas sinto que dentro de mim há um sentimento fazendo morada que não me pertence. É preciso cortar o mal pela raiz, e só posso fazer isso voltando ao que mais me feriu em toda a minha vida.

Paro o carro em frente ao grande portão de ferro do presídio de segurança máxima, onde a mulher que mais me fez sofrer está presa. Hoje ela será liberta, cumpriu os dezoito anos que foi sentenciada a pagar no tribunal.

Em busca do amor (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora