Já houve algum momento em sua vida que desejou que tudo não passasse de um simples pesadelo? Desejando que pudesse acordar e dar um fim no sofrimento?
Para Min-seo, este pesadelo é na verdade sua realidade. Semanas após publicar o seu thriller best...
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✣ Capitulo VIII: Perpétua ✣
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A noite mal havia começado quando Kim Jeong-ah deixou o campus da faculdade no carro da melhor amiga, os veteranos haviam marcado uma pequena comemoração em um bar próximo e como toda caloura Jeong-ah se sentiu obrigada a comparecer.
A festa não demorou mais do que algumas horas, já era madrugada quando precisou ir ao banheiro após outra caneca bem cheia de cerveja. Deu sua parte da contribuição do pagamento para seu sunbae¹ saindo do restaurante de frango frito.
Alguns minutos depois lavou as mãos na pia de porcelanato deixando o banheiro que residia no exterior da loja em um beco na lateral esquerda. Retornou para o interior do restaurante constatando que havia sido abandonada por seus colegas.
Estava tarde demais para que pudesse retornar para casa de ônibus e com um pesar no coração pedira um taxi. Não tardou para que chegasse em casa após quase meia hora de viagem.
Deixou a bolsa no aparador da entrada colocando seus fones de ouvido, deu play em uma música qualquer ao calçar seus chinelos adentrando na cozinha para tomar uma xicara de água quente com algumas ervas medicinais.
Seu estomago doía devido a todas as reuniões que os veteranos obrigavam sua turma a frequentar desde que o semestre iniciara. A jovem não ganhara tanto em seu trabalho de meio período para ser capaz de ir a todas, por isso era frequentemente atormentada nas poucas vezes que conseguia comparecer.
"Outro gole" eles diziam com um sorriso. Outro maldito gole que lhe deixaria com uma ressaca horrível durante o expediente na loja de conveniência no dia seguinte. Sentou-se em uma cadeira próxima ao balcão praguejando contra a lâmpada que piscava devido ao mal contato dos fios.
Uma rajada de vento levou alguns dos fios loiros para fora do penteado, a janela estava entre aberta dando uma visão plena do gramado dianteiro da casa. A luz piscou mais uma vez iluminando o reflexo da cozinha no vidro, no entanto, a garota identificou muito mais do que seu próprio reflexo.
A xicara espatifou-se pelo assoalho de madeira manchando o tapete da cozinha. Seus gritos eram tão altos quanto a música eletrônica em seus airpods, os curtos fios loiros emaranhados mesclavam-se a poça de sangue que se formava pelo recente ataque da figura que lhe acertou por trás.
As írises tremulas que captavam flashes do assassino por baixo do piscar incessante da lamparina, acertou um chute em seu rosto o derrubando por alguns segundos para longe da faca.
Arrastou-se pelo piso até a porta da sala de jantar deslizando para baixo da mesa tentando ignorar a dor do corte que rasgava o tecido de seus jeans. Tampou a boca com as mãos ignorando os tênis sujos de sangue que pertenciam a sua irmã mais nova caídos próximos a cristaleira. "Isto é só um pesadelo", profetizou em sua mente.