Epílogo

986 83 30
                                    

STACY

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

STACY

Algumas semanas depois....

Subi os degraus que me levaram até a entrada do Jans. Minha mão empurrou a porta sem muita sutileza. Sempre foi difícil trabalhar nesse lugar, mas, nos últimos dias, tem sido ainda pior. Estava cansada não apenas desse emprego, mas da minha vida e de tudo o que ela significava. Minha rotina se tornou novamente a mesma. Do meu apartamento para o Jans e do Jans para o meu apartamento. Marley não estava mais lá e pelo que parecia, Chloe não morava mais no apartamento ao lado, agora era uma garota que trabalhava em outra boate.

Tate havia sumido como eu pedi e ainda sim, sentia a falta dele, mesmo depois do que ele fez, mas a dor e a mágoa ainda estavam no meu coração. Um corte profundo e sangrento que me lembrava todos os dias como era a minha vida e o meu único destino. Essa maldita dívida me tornava escrava desse emprego e isso estava me cansando. Era mórbido, mas esse emprego era a única coisa que me restava, por mais que o odiasse. Tate se foi e Paige, também. Marley estava presa em reformatório e não podia vê-la. Estava tão sozinha e vazia. Talvez esse fosse o meu destino. Acreditar que tinha tudo e depois, perceber que não tinha nada.

Jans me chamou antes do horário normal para o expediente porque gostaria de ter uma reunião particular comigo. Era estranho, mas fui mesmo assim. Não fazia a menor ideia do que se tratava e tão pouco saberia especular em torno de alguma coisa. Simplesmente fui, mesmo que não estivesse nem um pouco a fim de vê-lo ou conversar sobre seja lá o que for.

A boate ainda estava fechada e algumas dançarinas ensaiavam em cima do palco. Os seguranças me avaliaram e provavelmente já sabiam que Jans esperava por mim, bom, ao menos eles não fizeram nenhuma objeção quando passei direto do palco e segui para os fundos, que era onde ficava a sala dele. O cheiro de bebida e cigarro impregnavam qualquer parte desse lugar. Não sabia dizer qual dos dois era mais forte.

Após caminhar por um extenso corredor, vi a porta enorme e então, bati duas vezes sem delicadeza. Estava cansada demais e sem o menor humor para encarar essa reunião idiota.

— Entre. — ouvi a voz grave e firme de Jans dizer. — Está destrancada.

Não disse nada, apenas entrei. O ambiente com uma luz fraca foi a primeira coisa que notei. Ergui o olhar e atrás da enorme mesa, sentado em uma cadeira de couro, estava Jans. O cabelo castanho dele caía levemente pelo rosto e os seus olhos verdes se direcionaram a mim. A blusa social que usava estava semiaberta, evidenciando os seus peitos musculosos. Ele sorriu ao me ver e apontou para a cadeira diante da mesa. Me sentei de qualquer jeito nela, ansiando que isso não durasse muito. Olhei para ele enquanto respirava profundamente.

— Olá, Stacy. — seus lábios se moldaram em um sorriso discreto e os seus olhos me avaliavam. — Como vai?

— Bem, na medida do possível. — respondi secamente e sem demonstrar o menor entusiasmo. — O que quer comigo?

Doce Fragilidade Onde histórias criam vida. Descubra agora