Capítulo 02

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TATE

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TATE

Me hospedei em um hotel no centro e foi nele que passei a noite. A casa dos meus pais estava fora de cogitação e também, gostava de ter a minha privacidade e isso, eles não eram capazes de compreender. Evitá-los o máximo que pudesse era o único meio de adiar uma discussão e palavras que não seriam nada gentis.

Pela manhã, estava tomando café na Pálmer, uma lanchonete que não ficava muito longe do hotel. Com os dedos carregados de anéis, segurava na alça da xícara com café quente que esfumaçava e espalhava um aroma doce. O dia mal começara e as calçadas de Los Angeles estavam movimentadas. Poucas cidades da Califórnia se diferem dessa, a maioria sempre era turística e reservada a um certo tipo de pessoa.

— Vai querer mais alguma coisa? — a moça que havia me atendido se aproximou com um sorriso que ia além da hospitalidade, procurando por algo a mais. Me deparei com vários sorrisos assim e às vezes, acabava cedendo e indo em frente.

— Não, mas obrigado. — sorri para ela e admirei a sua beleza discretamente. Pele morena, cabelos negros e olhos castanhos escuros.

— Se precisar de mais alguma coisa, é só chamar. — deu uma piscadela e se afastou, roubando um sorriso meu. Gostava que as mulheres chegassem em mim e não ser sempre o conquistador.

Concentrei novamente na bebida quente que estava em minhas mãos. Uma ideia estava rondando a minha cabeça e talvez fosse necessário fazer isso. Ir até à casa dos meus pais. Eles tentavam contatar a minha irmã desde que ela se foi dessa cidade, mas Louise guardava muitas mágoas para nem sequer falar deles sem que transparecesse em sua voz e em seus olhos claros. Minha irmã era forte e passou por muitas coisas e, mesmo assim, seguiu de cabeça erguida.

Terminei o meu café da manhã e entrei no carro, sabendo que o próximo destino não seria o mais agradável. Meus pais tendem a tornar cada situação o mais desagradável possível, isso era um dom que ambos compartilhavam e talvez o que fizesse com que fossem perfeitos um para o outro.

Los Angeles podia ser a cidade do carma e a que menos gosto, mas a beleza californiana era singular. O céu e as palmeiras sempre pareciam um cenário de filme e as nuvens eram distribuídas de forma curiosa na imensidão azul. As pessoas que caminhavam pelo calçadão pareciam estar sempre animadas, conversando tranquilamente ou até mesmo apreciando a sensação da brisa acariciando a pele, mas nenhum rosto triste era visto.

A casa dos meus pais ficavam na área nobre, o que não era nenhuma surpresa se tratando deles. Eles esbanjavam o luxo e os privilégios que tinham, sempre procurando fazer de algo pequeno, um verdadeiro espetáculo. Na cidade eram conhecidos por serem escritores famosos, donos de bibliotecas e várias propriedades que compunham o centro de Los Angeles e as pessoas os viam como um casal conservador e respeitável. Eles eram, mas não se tratava apenas disso. Seria correto incluir controladores, manipuladores, calculistas, frios e cruéis. Seria uma descrição mais autêntica e detalhada de quem realmente eram Graziela e Conrad Conway.

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