Capítulo 26

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TATE

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TATE

Stacy Ayers tinha se tornado muito mais do que imaginei. Pensava nela durante horas, sem ao menos me dar conta. Seus olhos doces, alma frágil e, ao mesmo tempo inquebrável, me cativavam. A sensação de me sentir um viciado fodia com a minha cabeça, porque vício era uma jaula e eu estava acostumado a ser livre. Então, por quê gostava de estar com os pulsos presos a essa obsessão? Sim, Stacy era a minha obsessão particular. Desde o início estava fadado a desejá-la, mas nunca pensei que seria dessa forma. Tínhamos uma conexão, óbvio, mas também sentia uma atração por ela e ainda não tinha me dado conta do quanto essa vontade crescia dentro de mim.

A visão dela seminua no apartamento de Paige rondava a minha mente nos momentos mais inadequados. Foi rápido, mas o suficiente para me desestabilizar e avançar todos os sinais que jurei a mim mesmo nunca fazer. No entanto, não contava que fosse um desejo mútuo. Stacy me queria, tinha malícia em seus olhos inocentes e os seus pensamentos, não acredito que fossem os mais limpos, porque os meus, estavam longe disso. Stacy flertava. Cuidadosamente, mas flertava. Tive muitas experiências ao longo dos anos, porém, esse sentimento incógnito e sedutor, jamais experimentei.

Aguardava na entrada do Elmo's junto a Paige. Stacy estava para descer ainda. A escuridão envolvera o céu, que se mantinha preenchido por estrelas. O clima não tinha nenhum resquício de calor, apenas um frescor entusiasmante.

— Então, pretende me deixar de fora disso até quando? — rompeu Paige, encostada na parede próxima à porta da portaria. Paige usava um cropped preto e uma saia jeans curta, uma meia arrastão e botas.

— Disso o quê? — fiz o desentendido, apoiado na parede oposta. Sabia bem do que estava falando e seria complicado falar disso.

— De você e Stacy! — bufou. Ela odiava que complicasse as coisas. — Pensa que sou idiota? Primeiro, aquele dia no apartamento, fui boazinha em fingir que vocês não estavam nas condutas legais de dois amigos. Segundo, eu saio da mesa e mesmo de longe posso perceber o flerte de vocês e terceiro, o mais óbvio, se não fosse a piranha da Leah chegar, vocês estariam flertando na minha frente sem nenhuma vergonha na cara.

Ela tinha uma bela lista. Detalhada ainda.

— Eu não sei o que dizer sobre isso, Paige. — suspirei. Entrar em um conflito consigo mesmo era uma droga. Lembrava de Stacy e sentia um monte de coisas. Admiração, uma paixão ardente, sintonia e às vezes, muito tesão. Acredite, não acho que essas coisas deveriam se misturar, mas quando acontecia, o que significava? Eu não deveria ter a resposta para isso?

— E desde quando Tate Conway não tem a resposta para alguma coisa? — Paige pasmou-se, olhando-me com confusão.

— Desde quando conheci Stacy. — a respondi com os olhos dispersos, pensativo. — Percebi — vacilei, com medo. Isso mesmo, medo. Medo do que iria dizer agora. — que não sabia quem eu era. Quer dizer, ainda não tenho certeza. Existe um eu na presença dela que não é tão confiante sobre a vida, que para por um momento e percebe que as coisas um dia vão acabar. Que percebe que diante de um pensamento grande desses, gostaria de viver com ela. Com Stacy.

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