CLASSE NOTURNA [taekook]

3. Jimin Rabiscado

[Aviso: Esse capítulo pode conter gatilhos sobre o consumo de drogas]

— Um... — sussurrou em um tom ameaçador e impulsionou a arma contra a cabeça do mais baixo um pouco mais.

— Vai se foder Jeon, da próxima confira a porra do equipamento você!

Yoongi estava pressionado contra a parede de um banheiro. Jungkook havia queimado o carro tomando todos os cuidados e partido em direção a boate, entrando com tudo na sala exclusiva do parceiro e o arrastando para o banheiro da mesma, distanciando mais ainda dos seguranças o que pudesse acontecer a seguir.

Coagido feito um gatinho. Era uma cena que ambos não planejaram para o fim daquele acordo.

Jungkook fazia suas reivindicações à sua maneira nada sútil, engatilhando uma das duas armas na cabeça do mais baixo, rendido com o rosto pressionado nos ladrilhos brancos e de mãos atadas para atrás.

— Não vai ter próxima — corrigiu firme. — Dois...

O tatuado prosseguia sua contagem sem pressa, enquanto seus braços ainda ardiam feridos por estilhaços do vidro do carro atingido. A íris que Min Yoongi não conseguia fitar revelavam o quão puto o outro estava, não deixando transparecer para o mesmo em sua expressão corporal de quem nem piscaria antes de puxar o gatilho.

Ora, certamente não piscaria, via o erro do amigo como uma traição.

— Vou sentir saudades — suspirou pronto para mais um ato criminoso. — Trê-

— O-ok! Ok! — Gritou ao ceder — Eu pago! Caralho, eu p-pago!! — Jungkook afrouxava a arma pressionada no mais baixo e o soltava sob a garantia do pagamento em dobro — Porra, o que você tem na cabeça?!

O Jeon se afastou alguns passos e bufou.

— Agora vai, cadê a minha parte?

— Seu cretino.

— Me processe. Anda, vai logo — gesticulou impaciente com uma das armas em mãos.

Jungkook estava cansado e, acima de tudo, pressionado.

Hoje não usaria nenhuma droga sintética, não dançaria eufórico, não faria consumo de nenhuma bebida, não buscaria uma transa fácil, apenas chegaria em casa e dormiria após bater uma bela punheta.

— Sua sorte é ser o melhor daqui, eu não pagaria o dobro por mais ninguém. Meus homens iriam atrás de você mesmo que eu estivesse a sete palmos do chão.

O mentolado repousava uma maleta de dinheiro na mesa da sala escura com ampla visão para a pista abaixo, um belo de um mezanino, era confortável e perfeito para seus negócios. Daria um bom cenário pra alguma produção audiovisual de enredo mafioso.

— Sorte? Essa vida de merda é sorte? — resmungou acrescentando um tsc estalando a língua no céu da boca.

— Me pergunto como você pôde ser preso por tão pouco, isso nem faz o seu tipo. Vender drogas em festas com a professorinha? — o mais baixo sorriu maliciosamente sarcástico. — Você é bem maior que isso, por Deus Jeon!