9. Peixês

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Impulsivamente, Taehyung havia excluído o contato de Jungkook assim que pegou o ônibus, era a última pessoa que queria ver agora

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Impulsivamente, Taehyung havia excluído o contato de Jungkook assim que pegou o ônibus, era a última pessoa que queria ver agora.

Havia corrido pro ponto e pego uma linha que passava próximo do abrigo, esse que era entre sua casa e a casa de seu aluno. Como se recusou a ser ajudado pelo moreno, sua cabeça martelava nos últimos bancos daquele transporte público, tentando traçar de alguma forma um plano mente, em alguma coisa que fosse viável para não deixar as pessoas daquela oficina na mão.

Se mordia de ódio até mesmo de si próprio, queria tanto aqueles benditos materiais consigo agora.

Assim que o ônibus freou bruscamente, fazendo-o quase bater de testa no banco da frente, Taehyung teve um estalar de dedos ecoando em sua cabeça e ascendendo uma lâmpada que iluminaria sua caixola com a ideia tão súbita. Agarrou o celular em seu bolso e ajeitou melhor a mochila em seu colo, ligando para seu fiel amigo escudeiro.

— Jin, eu preciso da sua ajuda, é urgente! Aonde você tá?

No ateliê, quebrando a cabeça numa perspectiva zoada — reclamou da própria referência fotográfica que pintava. — O que foi?

— Temos aquarelas aí? — o ônibus passou sem reduzir por uma lombada e Taehyung deu um pulo no fundo do ônibus, a parte mais instável. A senhora ao seu lado arregalou os olhos na instabilidade da parte traseira e segurou nos joelhos do Kim em reflexo quando descolou sua bunda do assento num pulo e voltou pro mesmo, doendo um pouco a região.

Logo começaram os murmurinhos sobre a barbeiragem do motorista.

O que foi isso aí? — Seokjin questionou o fuzuê do ônibus, escutando a maior parte apenas por ruídos baixos — Esquece, foco! Me deixe confirmar aqui logo — Taehyung esperava ansioso, balançando sua perna cruzada sob a outra, com o celular grudado no ouvido, mas de olho também na terceira idade doida pra ir com Deus. Os idosos de pé xingando o motorista seria cômico se não fosse trágico, caso o doido freasse bruscamente. — Achei! Duas Winsor&Newton.

O peito do loiro soltou todo o ar, relaxando a musculatura e ficando um pouco menos nervoso, nem notou que o motorista quase atropelou um pedestre, o coitado se salvou por um triz do ônibus, dando uma corridinha, mas tropeçando no meio fio indo de cara no chão.

Tem gente que não tem sorte mesmo... Acontece.

Havia dado uma boa grana naquelas duas aquarelas, nem sequer eram linhas de estudantes, ou seja, havia dado um rim. Eram de muita qualidade e nada recomendadas para uma oficina, onde o foco seria mais voltado para a apresentação e experimentação da técnica. Mas não via outra solução pela sua burrice de dar o cu e esquecer da hora, dormindo além do que poderia.

— Eu preciso de um grande favor, hyung! Você é meu plano A, B e C!

Óbvio, Tae, eu te ajudo no que for possível.

CLASSE NOTURNA [taekook]Onde histórias criam vida. Descubra agora