CLASSE NOTURNA [taekook]

25. Quando Recebeu Aquela Notícia

RARAS NOTAS INICIAIS:  Ei, já de início, leia com tiquinho de atenção a mais, é um cap que encerra quase tudo, por ser o penúltimo. Então espero que gostem (:

*

Em sua semana, Namjoon jamais poderia pensar que em pleno sábado de manhã receberia a ilustre visita do genro. Notava-se por suas vestes de quem não estava esperando visita naquele momento. Foi uma surpresa vê-lo quando abriu uma brecha na porta. Entreabriu os lábios, confuso da presença ali em sua frente. Com segundos a mais, reparou que ele não estava sozinho ali. Era cercado por duas fortalezas trajadas com roupas rasgadas e caras bravas por seus lados.

Um mínimo sorriso foi-lhe dado, acompanhado de um singelo:

— Oi, sogro.

Entretanto, o sogro fechou a porta na cara dele.

Em seguida, deu para que Taehyung ouvisse o trinco sendo aberto na parte interna da casa, voltando a revelar a face e corpo de Kim Namjoon, abrindo a porta, convidativo.

— Olá — estava com a mesma cara de sempre, gentil com aquele lhe safou da morte. — Vamos, entre, Taehyung.

Namjoon deixou a porta e voltou-se para o interior da casa. A porta de madeira robusta foi abrindo rangendo, um pouco enferrujada quanto às ferragens. O cômodo de entrada era um pequeno hall, apenas para deixar calçados num mobiliário baixo de madeira clara e casacos no cabideiro simples. Dali, era possível ver a casa, também simples e pequena, mas caprichosa. Nitidamente, o de fios azulados tinha um apreço pelo animal de hábitos noturnos, algumas decorações com temática de corujas eram dispostas pela casa. Além, do telhado que recebia uma lá em cima, dando para ouvir o barulho que a vivíssima coruja fazia lá fora, na telha, com suas garras em contato. Namjoon lhe guiou até a cozinha, era lá o lugar em que estava antes de o receber. Silencioso e confortável em seu roupão e pantufas, porém, ainda estranhando a visita do genro.

Puxou uma cadeira à mesa para o loiro e ressabiado, fitou pelo canto dos olhos as duas fortalezas trajadas com roupas aos trapos. Não tinha percebido que ambos haviam entrado também. Eram más lembranças. Da última vez que viu um capataz assim, a coisa ficou feia para seu lado.

— Eles não farão nada. São só... — Taehyung arrastou a fala, sem definições prontas — Só por garantia — concluiu.

Namjoon assentiu meio torto.

A chaleira apitava anunciando o ponto do chá e o fim do preparo. O biólogo vasculhou o armário e pegou uma xícara a mais do que esperava poucos minutos atrás. Felizmente, havia feito o suficiente para dois.

— Estou um pouco surpreso de vir até aqui. Fico até curioso para saber o motivo — com toda a educação, colocou o chá em um bule, subindo o vapor no processo e esquentando seu rosto. — Depois daquela selvageria toda, achei que me livrou por dó e não olharia mais na minha cara também.