20. Comercial de Margarina

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[Esse capítulo contém cenas de violência físicas

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[Esse capítulo contém cenas de violência físicas. Há possibilidade de gatilhos]

Respire, Taehyung. Respire. Puta merda!

Estava entrando em pânico com o pico de adrenalina percorrendo por seu corpo, mal sabia o que pensar. Caralho. Sentia suas mãos formigarem e tentava conter sua tremedeira quando percebeu que um corpo se aproximava naquele maldito corredor, indo para a sala de professores, local de entrada situada ao seu lado. Inspirou fundo o ar nos pulmões e levantou a cabeça como se estivesse em mais um dia normal de trabalho. Se bem que já era normal surtar no trabalho. Por relance, reconheceu Jessica — professora de Física —, que se aproximava cada vez mais de si com suas plumas, nariz em pé e ar de superioridade, digno de uma dondoca.

Estava na cara que pegaria no seu pé mais uma vez.

— Sai da frente, veadinho.

— O que você disse?

Taehyung questionou sem nem pensar, após perceber o tom pejorativo em sua fala. Era bicha, muito veadinho sim e com orgulho, mas Taehyung não era bagunça. Antes que ela entrasse na sala, o artista parou-a colocando seu corpo em frente à porta e a impedindo de entrar. Foi revidado pelo olhar dela vasculhando-o de cima a baixo, aquela mulher mesquinha estava reforçando a pouca valorização que o dava com aquele olhar soberbo.

Ela balançou a cabeça com um sorriso bem pequeno e debochado em seus lábios, e nem sequer o respondeu sobre aquilo, apenas sobrepôs outra pergunta, essa, retórica:

— Dar a bunda para aquele crápula subiu o poder à sua cabeça, num é mesmo?

No mesmo instante, reuniu toda a sua coragem em construção, retrucando tomado pelo surto de todas as últimas coisas presenciadas. Seu sangue ferveu e cerrou os punhos. Se ouviu algum som em seus ouvidos naquele momento, foram todas as vezes que Jungkook o disse que deveria se impor, ter confiança e não deixar ninguém passar por cima de si. Ninguém. E o moreno iria arfar extasiado se o visse encher a boca para dizer prazerosas palavras confiantes:

— Eu vou acabar com o seu trabalho. Eu sou vingativo e gay.

Dentre estas duas coisas, Taehyung era disparadamente gay e, pouco vingativo. Entretanto, ninguém precisava saber que era pouco vingativo. Estava blefando sim, mas dissera tão confiante, que agora se sentia muito fodão em mexer com o psicológico alheio. E melhor ainda, vê-la acreditar. Pensaria nisso depois, pois não sabia nem mesmo como acabar com mosquitos em seu apartamento, quem dirás com a carreira de alguém. Pobre Taehyung... Mas não se arrependia nem um pouco. O loiro realmente queria jogar a professora de Física num buraco-negro, ela testava a sua paciência de maneira descarada e mesquinha. Havia até mesmo conseguido fazer com que seu psicológico, antes tomado pela confusão da tatuagem de Namjoon, agora fosse tomado por revolta, e que sua tremedeira fosse por ódio.

CLASSE NOTURNA [taekook]Onde histórias criam vida. Descubra agora