17. Versões

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Estava feito

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Estava feito. Taehyung, Jungkook e Sana haviam arquitetado suas versões.

Yeri os deu suporte com as coisas que poderiam serem ou não encaixadas em seus depoimentos. Não adiantaria de nada formular tudo de ponta à ponta e não bater com o depoimento da secretária — além dos demais feitos pela mãe do Jeon e o bendito segurança.

Toda essa situação deixou Taehyung uma pilha de nervos.

E por mais que estar em ateliê fosse uma tarefa prazerosa para o Kim, naquela terça-feira à tarde, não estava sendo. Se rejeitou a planejar sua aula da noite e foi trabalhar no ateliê, terminando sua tela, pois Park Bogum já estava o pressionando ansiando a conclusão.

— Opaco demais — falava sozinho, criticando o que fazia —, você não consegue fazer nada direito...

Hoje não pintava pelado, sabendo que Kim Seokjin, seu companheiro de ateliê, estava no local também.

Suspirava encima da escada de alumínio aberta, essa que o elevava-o numa altura suficiente para alcançar o topo da grande tela. Espremeu os lábios e levou o pincel à paleta de madeira, mergulhando as cerdas do pincel na tinta amarela. Terminava de pintar uma área de seu próprio cabelo, aquele deveria ser se toque final, mas estava sendo detalhista demais — e enrolando.

— Se você não largar a tela, nunca vai terminar — Jin entrava no ateliê com uma sacola, havia ido comprar uma trincha nova.

— Bosta de tela, hyung — resmungou. — Queria jogar no lixo, Jin.

— Aposto que a própria tela já te disse pra você parar.

Estava correto. A tela já quase tomava vida própria e implorava para que a finalizasse logo.

— Muitos detalhes... E essa proporção foi um erro também — Taehyung bufava descendo desengonçado a escada, com a paleta em mãos e o pincel segurado na boca, pelo cabo do mesmo.

— Mas são de detalhes em detalhes que você nunca vai terminar, sabe disso. E talvez, a pintura tenha justamente chamado atenção pela proporção diferente.

Entrou pelo ouvido de Taehyung saiu pelo outro, estava convicto em seu erro. Ignorando tudo aquilo, o Kim resmungou mais:

— Bogum já tem data para a exposição, então é agora ou nunca, contra a minha vontade — e muito relutante, suspirou de forma tão pesada e dramática, que parecia mais fácil tomar um tiro do que uma decisão, anunciando ao amigo: — Terminei.

[...]

Infelizmente ou felizmente, depois de um dia de ateliê, havia chegado bem mais cedo no trabalho à noite e esperava a hora da sua aula. O Kim nem ao menos havia feito o planejamento ela e, ao invés de planejá-la, foi para arquibancada da quadra desenhar.

Desenhava aos gritos e xingos, de Kai.

— Vai pra cima! Bora, bora, bora! — Kai, o professor de educação física, berrava pela quadra batendo palmas altas e apressadas, colocando pressão nos dois times divididos entre alunos. A cada palma era um traço que o Kim errava e, para seu azar, batia muitas palmas. — Toca a bola pra frente! Pra frente! — reforçava impaciente ao time azul, acompanhando pela beira da quadra com um olhar crítico.

CLASSE NOTURNA [taekook]Onde histórias criam vida. Descubra agora