8. De Pernas Bambas

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Jungkook abriu os olhos com muita preguiça, estava tão quentinho e agradável ali debaixo, percebendo que ainda estavam na mesma posição que dormiram

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Jungkook abriu os olhos com muita preguiça, estava tão quentinho e agradável ali debaixo, percebendo que ainda estavam na mesma posição que dormiram. Taehyung estava todo encolhido abrigado pelo seu corpo debaixo do cobertor também, não podia negar que havia dormido muito bem, talvez uma das melhores noites da semana.

Foi afrouxando Taehyung aos poucos e saindo da cama com cuidado para não o acordar. O loiro se remexeu um tanto, foi inevitável, e Jungkook parou igual estátua, mas Taehyung não pareceu ter acordado, apenas rolou e murmurou alguma coisa sem sentido. Seu sono era bem melhor, comparado ao do moreno de pé que lhe fitava dormindo como um anjinho de cabelos bagunçados.

Procurou saber das horas em seu pulso, os ponteiros do relógio já marcavam quase 09:20AM, ficou surpreso em saber que até que havia dormido bastante.

Usou o banheiro de sua suíte para a higiene. Sem fazer muito barulho, passou de novo pelo quarto conferindo se Taehyung estava ainda dormindo. Chegou bem perto, mais que o necessário, não resistindo em acariciar suas bochechas com o polegar sem que o artista visse seu ato e seu olhar manso, diferente de toda rispidez que às vezes exalava automaticamente.

Deu um longo suspiro.

Jungkook encostou a porta suavemente, indo para a cozinha com seu roupão preto de nó bem amarrado, pensando que se aquele fosse um dia qualquer, estaria dormindo ou indo dormir justamente agora. Taehyung talvez fosse alguma espécie de deus do sono, uma versão meio Morfeu com um toque de Afrodite. Ok, talvez com muito toque de Afrodite, pois era lindo de modo inegável.

— PORRA, QUE SUSTO! — Jungkook deu um pulo assustado com uma senhora lavando sua louça. A mulher de meia idade, que usava um coque e um uniforme branco, pausou o manuseio da louça e o olhou assustada por seu susto. Jungkook soltou a respiração e relaxou os ombros, indo até a senhora e lhe dando um beijo na bochecha — Desculpe, meu bem, esqueci que viria hoje.

Era sua empregada.

— Jeongguk, sua cabeça está na lua, é?

— Pode ser que esteja — deu de ombros pegando uma xícara e enchendo-a por completa de café. — Se bem que estou revigorado, consegui dormir hoje.

A mulher abriu a torneira luxuosa e começou a enxaguar a louça enquanto o Jeon passava geleia em torradas separadas em um prato de porcelana. Com cautela, a gentil senhora levou mais algumas louças para baixo da torneira e repetiu todo o processo, enxaguando toda a leva.

— Fico feliz em saber que dormiu agora — sorriu fraco. — Foi com o dono dos sapatos na porta da sala?

— O quê? — o Jeon engoliu uma torrada em seco.

— Você me ouviu — disse a empregada que estreitou os olhos, conhecendo-o muito bem.

Não tinha escapatória com a baixa senhora que lhe chamava pelo nome de batismo, tal qual sua mãe fazia e, de certa forma a considerava mais mãe do que a sua mãe biológica. Deu-lhe um longo suspiro para contar o que era possível, sem se prender em detalhes demais. Até porque, a mesma o encheria o saco por semanas perguntando "e aquele namoradinho?".

CLASSE NOTURNA [taekook]Onde histórias criam vida. Descubra agora