CARLA DIAZ

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CAPÍTULO VI

—Carla Diaz, eu espero que você tenha um bom motivo pra interromper a minha f... o meu sono. —Sarah disse se dirigindo a mais nova enquanto entrava as pressas pela porta do edifício  empresarial.

—Nossa, tava dormindo mesmo, que roupa é essa? E que cara vermelha e boca inchada é essa? Parece mais é que você estava fazendo s e x o. —a mais baixa respondeu e soletrou a última palavra  enquanto ria.
—N...não é da sua conta tá.

—Você nem nega, Sarah Andrade? —A mais baixa disse aumentando as gargalhadas.

—Ah vá pra puta que pariu fedelha. —Sarah respondeu irritada, mas Carla a conhecia e sabia que seu nervosismo por saber que a mesma dizia a verdade era real.

—Meu Deus—Carla disse assustada. —Não vai me dizer que empatei sua foda? –completou.

— E espero que tenha sido por um ótimo motivo.—disse a mais alta. —Que porra aconteceu? Não é porque sou workaholic que tô disposta a trabalhar dez da noite assim não.—completou.

—Okay. Tivemos um problema com a gestão sistêmica da clínica da Thais de novo, e eu acho que você quer resolver né, já que agora estão tão “amiguinhas”.

—Não me venha me enfiar na sua dor de cotovelo de quinze anos atrás não, eu hein.
Carla apenas bufou e continuou a explicar para Sarah o que havia acontecido.

Quando era por volta de uma hora da manhã, Sarah finalmente conseguiu ir pra casa dormir, afinal, aquela havia sido uma longa e cansativa noite. Tendo tirado a blusa do moletom, apenas se jogou na cama e fechou os olhos para dormir, mas foi atrapalhada por seu celular que vibrou na mesinha de cabeceira espelhada ao lado da cama.

POV JULIETTE
Assim que Sarah foi embora, decidi ligar para meu amigo, o João, pois sabia que se contasse a Thais o que havia acontecido, certamente ouviria um belo de um sermão, e era tudo o que eu não queria naquele momento.

—Diga amor— O rapaz disse do outro lado da linha.

—Ela simplesmente foi embora assim, no meio da foda.

—Oi Juliette, eu tô bem sim e você? Ah, que bom que tá bem, obrigado por se importar— João respondeu ironicamente do outro lado da linha. Juliette apenas revirou os olhos e ele podia sentir que ela havia o feito, então apenas soltou uma risada baixa.

—Para de rir, eu tô falando sério, eu não tô acreditando.

—Ok Juli, quem foi embora no meio da sua transa?

—Ela... A... —Tentou dizer mas não conseguia pois sentia uma absurda vergonha que podia queimar em seu rosto.
—Ela quem mulher, desembucha.

—ASARAHANDRADE—gritou imendando as palavras esperando que o amigo não entendesse.

—A SARAH ANDRADE? SARAH CAROLLINE ANDRADE? AQUELA SARAH ANDRADE? A SARAH ANDRADE QUE QUERIA MATAR VOCÊ ATÉ ONTEM?— O rapaz respondeu em absurdo espanto.

—Sim, essa mesma e para de repetir o nome dela feito um idiota.

—Tá, mas como isso aconteceu?

—Ela estava me espiando do lado de fora do prédio, fui tirar satisfação e ela me agarrou, eu que não sou besta nem nada aproveitei, daí quando a gente tava no meio do vuco-vuco o celular dela tocou e ela foi embora. Fim. Triste e cruel fim, João.

—Minha nossa senhora. —O rapaz disse.

—E agora eu nem sei se devo esperar ela me ligar, se devo mandar mensagem, se ela ainda me odeia e aquilo foi apenas um delírio ou o que, eu não sei, tô mais perdida que cego em tiroteio, visse?

—Bom, acho que você devia mandar mensagem pra ela.

—Não tenho o número dela, mas Thais deve ter, foi dar um jeito de pedir. Obrigada amigo por ouvir meu surto. —Juliette disse desligando na cara do homem logo em seguida, nem se quer dando a ele a oportunidade de se despedir.

Obcecado | AU SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora