Depois

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Heyy, voltei! Fiquei sumida porque as coisas estão muito corridas, estou trabalhando quase 24 horas por dia e o tempo pra atualizar esta apertado, então já aviso que as atts serão um pouco mais curtas, ao menos por enquanto, assim consigo atualizar mais vezes.
Um xero e até a próxima! :)

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Os dias se passaram. Semanas. Meses. Já haviam se passado três meses desde aquele dia. Era pra ser o dia mais feliz de sua vida, mas para Juliette era o pior. Foi o dia em que o maior amor da sua vida lhe disse adeus, a abandonou assim, sem nem se quer lutar.

Ema. Ela precisava de algo que a lembrasse Sarah, que a lembrasse que apesar de toda a intensidade, toda voracidade ela foi amada. Quando Juliette completou 17 semanas de gestação a notícia veio. Era uma menina, seria a menina dela. Não um amor para substituir, mas sim para lembrá-la. Por isso Ema, cujo significado é esse: amada.

Juliette tentava viver do jeito que dava. Tentava se distrair em meio ao trabalho, fazendo compras de bebê, enfim... Sua casa nem se quer tinha mais espaço, mas dentro dela um enorme vazio roubava seu coração. Um vazio de cinco letras.

Sarah por outro lado já não conseguia mais viver com aquilo. Ela apenas tentava sobreviver. Trabalhava de moletom com um sobretudo por cima e calça jeans. Era assim todos os dias. A loira tirava os óculos escuros apena em casa ou para encarar a tela do computador.

—Vamos Sarah, você não vai se arrepender, precisa sair, viver, sei lá... —Carla tentava a convencer enquanto a mais alta não dava muita importância sentada em sua mesa.
—Não tô afim, tem como entender? Para de agir como se você estivesse fazendo isso por mim! —Sarah disse sem um pingo de sentimento em sua voz. Agora era assim. Sem emoção. Fria, gélida.

—Que porra a Juliette te transformou hein? —Disse a outra negando com a cabeça decepcionada enquanto se virava para sair.

—Não, espera! Desculpa tá... Você... Você não tem ideia de como tá sendo difícil aguentar tudo isso... Viva. —A mais alta dizia.

—Não Sarah, eu não sei, mas isso não te dá o direito de fazer isso comigo. Eu estou aqui há anos do seu lado! Eu estive lá quando seu pai descobriu sua gravidez, estive quando seu noivo te traiu e estou aqui agora. Só que eu tô cansada. Sempre você faz o que vem na cabeça, diz as coisas como se ninguém fosse se machucar, sem se importar e depois pede desculpas, como se isso fosse solucionar todos os seus problemas. Eu entendo, você está no fundo do poço, mas ninguém tem culpa disso ou esqueceu que foi você que se colocou nessa situação? Foi você quem disse pra ela que não era apaixonada. Foi você quem disse que era melhor assim, ou acha que não sei? Você foi covarde Sarah, mais uma vez você abriu mão das coisas mais preciosas da sua vida por medo, mas até quando? —Carla destilava as palavras encima da outra que tinha lágrimas descendo por seu rosto, mas sua feição simplesmente não tinha nenhuma reação.

—Eu sei. —Foi apenas o que disse baixo.
—Saber não basta Sarah, você sabe... Enfim, pensa nisso. —Disse a outra deixando a sala.

A noite chegou e a loira estava como todos os dias das 19 horas até o dia seguinte. Jogada em sua cama rodeada de embalagens de comida pronta, vestida em um pijama moletom com o cabelo preso. Enquanto ia ao banheiro, por pura coincidência ela acabou tombando com um espelho. Sua aparência não a espantou, mas outra coisa sim. Covarde. Ela era covarde. Ela a deixou ir, ou melhor, a expulsou, sem nem ao menos tentar. E daí que é um bebê? Tudo se ajeita, pra tudo tem uma solução. Elas fariam dar certo. Como Sarah se arrependia de não ter pensado assim três meses atrás, mas agora era tarde.

Decidida a seguir sua vida, ou ao menos tentar a loira tomou um banho e vestiu um terninho sem nada por baixo, deixando o vale de seus seios e suas belas e bem esculpidas pernas a mostra. Seus cabelos estavam lisos e partidos no meio, acompanhados por uma maquiagem escura e esfumada. Ao menos assim talvez por medo as pessoas não a importunassem. Era quase meia noite já quando a loira adentrou a boate escura a procura da menor que encontrava-se dançando com alguma menina desconhecida. Era notável que a outra já se encontrava totalmente alcoolizada.

Obcecado | AU SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora