O Fim Do Que Era Agora.

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O dia amanheceu tranquilo, azul. O som dos passarinhos no jardim anunciavam que já havia amanhecido. Sarah sentiu os raios solares queimando sua pele através da janela e insistiu em dormir mais, mas não conseguia, então se levantou. A noite passada era quase como um borrão, se ela não se lembrasse da sensação ao tocar seus lábios com o dedo indicador e se lembrar do gosto, do prazer. Ela sabia o que tinha acontecido, não sabia ao certo como, mas sabia. Ela sentia. Enquanto tomava café vestida apenas com um Roupão vermelho vez ou outra ao se lembrar dos lapsos de memória da noite passada ela soltava um sorriso.

— Acordou cedo galega do pão doce. —Disse Juliette retirando-a de seus pensamentos e arrancando-lhe um sorriso singelo.

—Bom dia pra você também. —Disse Sarah passando geleia em uma torrada.

—Mais ou menos, não estou muito bem hoje, não devia ter bebido tanto, deve ser a pinga.

—Ninguém mandou tomar um porre. —Disse Sarah com uma sobrancelha erguida ironicamente.

—Ah é Sarah? —Disse a morena dando a volta na mesa e abraçando o pescoço da outra por trás.

—Aham, falei pra não beber. —Disse mantendo a pose.

—Então você não... Gostou de ontem? —dizia a mais baixa intercalando as palavras com beijinhos no pescoço da outra.

—Claro que... —Sarah tentou completar, mas foi interrompida por uma voz conhecida que vinha da sala.

—Bom dia amor, bom dia Sarah. —Disse o rapaz entrando na cozinha e pegando uma banana. Juliette mais que depressa se afastou de Sarah e sentou-se na cadeira ao lado dela na mesa.

—Bom dia. –Disse Juliette com uma voz calma. Sarah nada respondeu, apenas continuou a comer sua torrada enquanto observava a cena.

—Ju, tá na hora de ir pra casa, você não acha não? —Disse o homem.
—Ah...—Juliette tentou completar mas foi interrompida por Sarah.

—Ela tá bem aqui, pode ficar tranquilo.
—É a... Amor, eu tô bem tá, fica tranquilo. —Disse ela enquanto obcervava Sarah se levantar da mesa e ir em direção às escadas.

—Quando eu cheguei tinha um carro estacionado aqui. De quem era? —O homem perguntou.

—Eu sei lá Bil, acordei agora. —Disse ela despreocupada.

—Sei, ai se eu descobrir que você tá ficando aqui na casa dessa daí com desculpinha de que tá doente e estiver me traindo.

—Ah é, vai fazer o que? —Respondeu a mulher com uma sobrancelha arqueada em deboche. Sarah enquanto subia as escadas ouviu e desceu dois degraus para ouvir melhor.

—Já falei pra você não me desafiar Juliette. —Disse o homem apertando o braço da mesma que tentava se soltar assustada.
—Que isso, tá louco? —Respondeu a morena passando a mão no braço que ficou visivelmente marcado com cada um dos dedos que a apertou.

—Você não viu nada, faz merda pra você ver. —Falou ele e saiu em seguida, passando por Sarah que já assistia a cena das escadas. Ao ver Sarah de braços cruzados o homem deu um sorriso simpático e nada disse, apenas saiu pela porta.

—Isso já aconteceu antes? —Sarah perguntou a Juliette enquanto ela tentava disfarçar o quão abalada havia ficado.
—Que? Ah... Não é nada, relaxa.

—Juliette, olha isso, como não é nada? —Disse Sarah puxando a mão da outra de seu braço e expondo as marcas.

—Tá tudo bem tá, deixa que meus problemas eu resolvo. —Puxou o braço das mãos delicadas da outra e saiu, mas algo aconteceu.

Obcecado | AU SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora