ATENÇÃO ⚠️
Esse capítulo tem um assunto polêmico que eu gostaria de salientar que é uma opinião DOS PERSONAGENS!
Se você tiver problemas com qualquer tipo de violência ou violência perna, assuntos relacionados a aborto, recomendo que aguarde um próximo capítulo e não leia esse.
Boa leitura.
....Sarah retornou ao carro em silêncio e com uma cara pensativa o que chamou a atenção de Juliette.
–Aconteceu algo? –Perguntou a mais velha.
–Hum? Não, eu só tava pensando em uma coisa estranha.
–Que coisa estranha? –Perguntou Juliette.
A mais nova Retirou o celular do bolso e procurou por algo. Logo em seguida mostrou a Juliette uma foto.
–Quem é essa criança?
–A filha da caseira da casa dos seus pais? Eu a vi brincando com um gatinho quando fui dar banho na Lua.
–Não Juliette, esse é o Felipe bebê, meu ex, o mesmo ex de quem eu engravidei e perdi o bebê porque me suicidei.
–E isso tem quanto tempo?
–8 ou nove anos, eu tinha 15 na época.
–Bom, mas você mesma disse que perdeu o bebê não é? Ela não pode ser filha sei lá, do Felipe com outra pessoa? Ele mora aqui não mora?
–Eu não sei, tudo dessa época é muito confuso, o que as pessoas falam não se encaixa…
–Eu acho que você devia tirar essa ideia da cabeça, vai ficar pilhado nisso não, visse?
–É…
..
2 de abril de 2012
Sarah andava de um lado para o outro enquanto roia as unhas. Por seu rosto escorriam lágrimas sem parar. Ela parou em frente a penteadeira e viu. Positivo. Inicialmente aquele pareceu o fim, mas ela é Felipe se amavam, ele com certeza a ajudaria a enfrentar esse momento difícil. Eles teriam um bebê juntos. Mas não foi bem assim.
Ao contar que estava grávida, a primeira e clássica pergunta quase que retórica de Felipe foi: "você vai abortar né?". Aquilo nem se quer tinha passado pela cabeça da menina de olhos verdes. Ela era muito nova sim para ter um filho, mas aquilo não parecia ser certo para ela, não foi assim que seus pais a criaram, então ela negou.
Motivado pelo desespero e medo, o rapaz começou a insinuar que aquele bebê não era dele e que com certeza Sarah o traia. Foi ali que pela segunda vez no dia ela perdeu o chão. O amor de sua adolescência, aquele com quem ela queria se casar e construir uma vida está a duvidando da integridade dela, do seu caráter, então ela correu para os braços que sempre a acolheram. Os de sua mãe.Depois de pedalar em sua bicicleta por 5 minutos, Sarah entrou pela porta da frente onde encontrou sua mãe lendo um livro na poltrona. Como sempre seu pai deveria estar no trabalho, então ela decidiu se abrir ali mesmo.
–Mamãe, posso conversar com a senhora sobre algo muito importante? –Perguntou enquanto mexia as mãos suadas em movimentos aleatórios. Essa era sua mania quando estava ansiosa.
–Claro meu amor!–Respondeu a mãe retirando os óculos de grau e fechando o livro.
Sarah se sentou a sua frente, e em meio a lágrimas e milhões de pedidos de desculpa confessou sua situação. Mesmo em choque, Abadia não pensou duas vezes para abraçar e dar apoio a filha. Ali seria o então sonhado consolo de Sarah, mas não foi bem assim.
O Pai de Sarah que trabalhava no escritório ao lado, ouviu seu choro alto e incessante e preocupado correu para ver. Ao chegar ao arco que dividia a sala de estar da de jantar, o homem ouviu quando a menor confessou sua gravidez. Movido pela raiva, ele não poupou gritos e insultos quanto a menina, e ao insinuar mais uma vez que Sarah abortaria, recebeu um não. Ele deu um tapa em seu rosto, provocando um corte em sua boca e a jogando no chão. Ela estava machucada, por dentro e por fora, e humilhada. Por mais que sua mãe quisesse fazer algo, ela sabia que ir contra o homem era burrice, então apenas assistiu a filha ser puxada pelos cabelos até seu quarto onde trancou a menina.
Não existia mais esperança. Pela segunda vez ela foi rejeitada, tratada como um lixo, como um nada. Não tinha mais por que viver. Movida pela dor que invadia seu coração, Sarah pegou um vidro cheio do ansiolítico que tomava em momentos de nervosismo e o tomou inteiro, entrando na banheira com o shorts moletom branco e a blusa de manga comprida creme que usava.
Seus cabelos castanho cor de amêndoa dançavam lentamente na água, enquanto a vida se esvaia de seu corpo.
Sua mãe estranhou quando o choro de Sarah que era alto cessou e temeu que o pior tivesse acontecido. Ela encontrou a menina praticamente morta dentro da água fria.
Até aqui você já conhece a história, mas chegou a hora de saber o verdadeiro final, e não todas as vertentes que se sabe.
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Obcecado | AU Sariette
Fiksi PenggemarApós perder um processo no tribunal para um cliente, a importante empresária Sarah Andrade, presidente executiva e dona da Balv medical se consome em ódio da advogada do cliente Juliette Freire, entrando em uma tremenda obsessão pela advogada dona d...