Esse é um capítulo pra anunciar que restam menos de 10 capítulos pra finalizar a AU!
Já vamos pra quase 1 ano e meio escrevendo ela, e fico triste de pensar em me despedir da primeira Fanfic que escrevi, mas pra novos inícios, precisamos de um fim.Acostumem-se com a ideia, e aproveitem muito!
Boa leitura!
🦋🦋🦋🦋🦋🦋🦋🦋
SARAH ANDRADE
Eu precisava decidir, e eu sabia disso. Por um lado eu não queria tornar tudo o que fiz por Juliette em vão e mais uma vez abandonar tudo o que eu sinto por ela.
É incrível como somos intensas juntas. Não é perfeito mas é… a gente. Com ela eu me sinto como se estivesse em uma queda livre. Tem medo, tem ansiedade, mas logo lembro que estou de paraquedas e isso torna a queda muito mais gostosa, toda aquela ansiedade vira um frio na barriga, uma vontade de viver, porque com ela eu me sinto viva.
Ela me lembra de que sou humana, tenho sensações e sentimentos, bons e ruins.
Quando eu e Rodolffo namorávamos, eu tinha certeza de que ele era o amor da minha vida, isso porque claro, eu o amava muito, mas era tudo muito simples, fácil, com ele era suave.
Com Juliette é tudo muito diferente. É como se tudo virasse de ponta cabeça, ela me leva do céu ao inverno, não existe meio termo, não existe aceitável, e literalmente não existe suave.
Ela me olhava impaciente com os braços cruzados e seus olhos brilhavam. Era nítida a esperança que ela tinha, mas também o medo. Eu amava seus olhos brilhantes, mas não gostava de os ver brilhando dessa forma, e é por isso que parte de mim dizia pra ir, dessa vez pra sempre, não por mim, sim por ela. Ela precisava ser feliz, ter uma vida leve, afinal agora não seríamos só nós duas, tem Luna também, e ela não merece crescer no meio dessa confusão.
Meus pais sempre se amaram muito, mas de uma forma muito intensa. Lembro-me que sempre que íamos pra praia, o que era pra ser uma viagem leve e simples se tornava turbulenta. Sempre fui aquela criança que idealiza tudo da forma perfeita, e todas as vezes que isso envolvia meus pais juntos, fui frustrada. Não os culpo totalmente pela pessoa que me tornei e pelos meus defeitos, claro que parte da minha jornada é responsabilidade minha e de como escolhi lidar com ela, mas crescer em um ambiente mais calmo, sem brigas, sem tudo o que precisei viver e experienciar, talvez eu fosse uma pessoa melhor. Não quero que Luna tenha uma infância como a minha.
–Você precisa parar de pensar em mim quando eu já fiz isso e tomei minha decisão! –Juliette me tirou de meus devaneios como se soubesse o que eu pensava.
–Eu sei mas…–Me sentei no sofá e passei as mãos pelos cabelos. –É difícil pensar que se alguma coisa acontecer com você ou com Luna, a culpa será inteiramente minha…
–Sarah, –Se abaixou a minha frente– Você precisa parar com isso. Já te disse que eu estou bem, e que é isso que eu quero, mesmo que tenha um preço a se pagar, eu te amo e sei que vale a pena.
–Mas esse preço é alto Juliette!
–Eu não me importo, desde que eu possa olhar para o lado e te encontrar lá. –Fez um carinho fraco em um dos meus joelhos.
–Acho que podemos tentar. –As palavras saíram da minha boca sem que eu consentisse.
–É sério? –Ela sorriu largo.
–Mas tem que me prometer que se isso te fizer mal ou a Luna, você vai me mandar embora, mesmo que eu não queira.
–Eu prometo!
Antes que eu pudesse responder algo, fui interrompida pelo choro manhoso que vinha do corredor.
–Achei que ela estivesse com a sua mãe!
–Minha mãe precisou pegar o avião bem cedinho, então já a trouxe de volta.
Quando cheguei ao quarto no encalço de Juliette, vi a pequena em seu berço que se espreguiçava como uma minhoquinha.
–Ela acorda igual a você! –Comentei.
–Isso é calúnia, eu não acordo parecendo um bicho "priguiça" não viu.–Respondeu empurrada.
–Você sabe que sim, é então você Franze a testa e faz um biquinho fofo chateada por ter que acordar.
–Você está me confundindo com você, Sarara! –Disse pegando a pequena no colo.
–Eu preciso ir, vou pra academia hoje. –Disse acompanhando Juliette até a porta do quarto.
–E desde quando? Tá estranha hein! –debochou ela.
–Bom, eu acordei decidida de que seria uma pessoa melhor e que minha vida deixaria de girar em torno de você, e isso continua de pé! Não quero que o que quer que tenhamos prejudique a mim ou a você, quero que pelo menos tentemos ser leve.
–Que bicho te mordeu? Sarah Andrade falando sobre ser leve? —franziu o cenho enquanto colocava Luna em uma cadeirinha próxima ao chão.
–Só tem uma ocasião –dei um beijo em sua nuca enquanto segurava sua cintura com as duas mãos – que eu prometo não ser leve. –Finalizei com outro beijo.
–O que é isso Sarah? –Correu para o outro lado da sala.
Apenas ri e joguei um beijo no ar enquanto saia do apartamento.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Obcecado | AU Sariette
FanfictionApós perder um processo no tribunal para um cliente, a importante empresária Sarah Andrade, presidente executiva e dona da Balv medical se consome em ódio da advogada do cliente Juliette Freire, entrando em uma tremenda obsessão pela advogada dona d...