AURORE: Part. II - maratona

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MARATONA OBCESSED
HEY vocês!! Voltei antes do previsto porque JULI É LÍDER!!! Em comemoração a esse momento tão importante voltei com uma maratona hehe
**talvez eu poste o outro pedaço apenas amanhã a noite mas não se preocupem!!
Beijinhos e boa leitura.
Ahh, e muito obrigada pelos 20K de leiturinha hehe <3

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Aurora: PART II

Poderia ser tudo, uma amizade platônica -Já que a loira nem tinha consciência para dar reciprocidade-, um carinho enorme, devoção, tudo, mas paixão? Apaixonada? Não, isso não poderia ser, não podia acontecer. Como se apaixonar por alguém nessas condições? Se apaixonar por um corpo? Por um vazio? Não tinha o menor sentido para Juliette, mas era isso. Ela sabia, no fundo, bem fundo, obscuro, onde a luz da sanidade não conseguia chegar, onde a racionalidade nunca havia tocado, bem lá no fundo ela sabia.
Juliette que antes se encontrava perdida em seus pensamentos paralisada ali perto da porta se aproximou da cama de Sarah e se abaixou apoiando seu rosto nos braços que estavam sobre a proteção lateral da cama.

-Bom, os médicos disseram que você me ouve né? Mas eu espero que não ouça, porque -Parou o que dizia para dar uma risada. -Você com certeza gritaria horrores se me ouvisse dizer o que vou dizer... Mas, será Sarah? Apaixonada? Eu? Por você? Pois é, nem faz sentido né? Mas é isso Sarah, eu estou apaixonada por você. -Deixou uma lágrima escorrer por seu rosto. -E sabe, dói muito isso tudo, saber que talvez você nunca nem saiba, talvez você nunca possa me responder se me ama também, se me odeia, se sou indiferente...E como você é linda assim, serena, calma... Seus pais não fizeram sexo, fizeram amor, pois pra uma obra de arte desse ser criada, só pode ter sido amor, muito amor, carinho, cuidado. Quem me dera Sarah, quem me dera fosse como em a bela adormecida. Você é minha aurora, mas eu não sou seu príncipe... Enfim, eu acho que você deve estar cansada de ouvir minha voz irritante né? Vou te deixar descansar um pouco, tá?

Juliette se apegou tanto a rotina com a loira que havia até mesmo se esquecido que a loira estava inconsciente. Vez ou outra se pegava falando como se de fato Sarah pudesse enjoar de ouvi-la falar ou demonstrar qualquer tipo de emoção.

Outras três semanas se passaram e Juliette só se afundava naquele poço chamado Sarah. Ela resolveu dar um tempo com Bil, não trabalhava mais pois havia deixado sua sócia a frente da empresa de advocacia. As roupas já não eram finas e elegantes, pois ela não tirava o crocs e os moletons. Era assim o dia todo. Cantava para Sarah, conversava com Sarah, lia para Sarah... Juliette se prendeu em uma bolha composta de ilusão e esperança. Esperança de que a loira abriria os olhos e sorriria a qualquer momento e a ilusão que criou pois doía demais toda vez que pensava na possibilidade de ver a loira a deixar para sempre

Em uma sexta feira ensolarada Juliette acordou animada, esperançosa e decidiu ir a uma floricultura ali perto para comprar flores para Sarah, pois mesmo que ela não pudesse agradecer, a morena acreditava que Sarah sentia todo aquele cuidado e carinho.

-Ei sarara, olha o que eu troux...-Juliette disse adentrando ao quarto com um buquê com flores rosas e brancas em suas mãos, mas teve a fala interrompida ao se surpreender com a mulher que acariciava os cabelos de Sarah.

A mulher percebeu a presença de Juliette mas em nenhum momento tirava seus olhos de sobre a loira que como sempre transparecia serenidade em seu rosto.

-

Ela é tão linda, tão frágil... -A mulher dizia ainda encarando o corpo de Sarah deitado ali.

-Ela é, muito. -Juliette disse. -Você deve ser a mãe de Sarah né? -Completou perguntando.

-Eu sou sim e você é a...?

Obcecado | AU SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora