FINAL - PARTE I

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FINAL - PARTE I

-Como você teve coragem de fazer isso?- Derramava lágrimas como um balde transbordando de água. Em suas mãos o revólver preto escorregava devido ao suor causado pelo nervosismo.

A pessoa que mais amava teve coragem de traí-la daquela forma.

ALGUNS DIAS ANTES...

A semana seguiu leve, vez ou outra Sarah passava pra ver Juliette e Lua. O mês seguinte foi muito intenso, já que a empresa de Sarah estava passando por uma fusão com uma empresa parceira. Ela acordava cedo, e perdia a hora no escritório, quando dava por si já passava das onze da noite.

Para Juliette aquele sumiço era estranho, ela sentia falta de Sarah e Lua ainda mais, já que por exemplo, todos os dias o banho de fim de tarde da Lua quem dava era Sarah. A ocasião que antes era regada por risadas de Sarah e Lua que Juliette podia ouvir da sala, agora era desesperador para a pequena. Ela chorava do começo ao fim como se soubesse que algo estava errado. Apesar disso, Juliette sabia que Sarah precisava de espaço e compreendia que aquele era um momento que exigia muito dela, mas era inevitável não ficar chateada. Nos primeiros dias a maior pelo menos passava lá, e todos os dias elas se falavam por ligação, mas há uma semana Sarah não liga ou manda mensagem, Juliette só sabe que a mais nova está viva pois vê todas as notícias e fotos que amigos de trabalho postam com ela.

Finalmente a semana chegou ao fim

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Finalmente a semana chegou ao fim. Sarah estava exausta, e decidiu que tiraria o fim de semana totalmente off com as pessoas que mais amava. Sua mãe estava no Brasil, e por isso decidiu que talvez fosse o momento de apresentar Juliette como sua namorada.

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Sarah estava feliz por Juliette ter aceito, e por mais que ficar deitada em sua cama por horas fosse tentador, ela precisava arrumar a mala para ir para o Guarujá

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Sarah estava feliz por Juliette ter aceito, e por mais que ficar deitada em sua cama por horas fosse tentador, ela precisava arrumar a mala para ir para o Guarujá.

Como ficaria somente no sábado e domingo, ela pegou uma bolsa pequena e alguns biquínis e vestidinhos mais leves. Depois de terminar, comeu uma simples salada Ceasar e deitou para dormir.

...

-Porque você tem que carregar tanta coisa? Lua nem é mais tão pequena assim... - Sarah protestava enquanto desmontava o carrinho e colocava no porta-malas.

-Mas agora ela come né Sarah, é mais coisa ainda pra carregar... - Juliette tentou se justificar.

Depois de terminar de arrumar as coisas no carro, ambas entraram e saíram.

Sarah deixou Juliette na casa de praia onde sua mãe estava e foi a um mercado próximo para comprar o leite de lua que havia esquecido durante todo o caminho de carro, percebeu que alguém a seguia, mas tentou não dar muita atenção. Entrou, pegou o que precisava, pagou e saiu. No caminho de volta o sentimento de estar sendo seguida permaneceu, mas dessa vez ela não ignorou. estacionou próxima a um beco ali, pegou a pistola de treino que carregava no porta-luvas.

Sarah saiu do carro e escondeu a arma na cintura, certamente se houvesse alguém a seguindo continuaria. Andou em linha reta pelo beco e ouviu quando alguns passos atrás foram dados. Rapidamente a mulher se virou empunhando a arma e ver quem a seguia a encheu ainda mais de raiva.

-Calma Sarah, eu só quero te alertar de algo, algo muito importante pra você. - O homem dizia em rendição.

-Como assim? Eu não tenho nada de você pra ouvir, você tem três segundos para desaparecer na minha frente antes que eu enfie uma bala nessa sua testa, coisa que eu devia ter feito quando tive a oportunidade. Um... - começou a contar.

-Nem se for sobre o bebê que você estava grávida? - O homem perguntou parado no mesmo lugar com uma sobrancelha levantada.

-Como assim? Como você sabe disso?-Perguntou confusa.

-Abaixa essa arma primeiro que a gente conversa, não confio em você!

-Ta, agora fala.-disse baixando a arma.

-Bom, pelo que a Ju me contou-Sorriu de canto ao ver Sarah apertar o punho vazio com o apelido. -Você ficou grávida quando era mais nova, mas perdeu o bebê... Mas não foi bem assim que aconteceu...

-Hã? Você tá doido? Que foi te bateram demais na cadeia? -Rio batendo a mão na cabeça.

-Ai Sarah, você não perdei o bebê, você teve ele, ou melhor, ela.

-Ta doido Bil? Isso é impossível, eu tentei me matar, perdi o bebê e fui pra uma clínica psiquiatrica.

-Isso é o que você lembra Sarah!

Bill não parecia estar mentindo, Sarah simplesmente paralisou e não sabia como reagir. Como aquilo era possível? 

Obcecado | AU SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora