Halves | SasuSaku

death

Neste capítulo eu escrevi como se fosse um ponto de vista do Itachi, mas ainda assim ele está narrando para a Sakura, ok? Quando estiver em itálico, é porque o Itachi está narrando, assim que eu pôr reticências ( "[...]" ), significa que acabou o ponto de vista dele. Me perdoem se algo ficar desconexo, por favorzinho!

Espero que gostem!
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ㅡ Eu tinha voltado para casa naquele dia, mas quando tentei destrancar a porta percebi que ela estava destrancada. Meus pais nunca a deixariam aberta, por um momento se passou pela minha cabeça que Sasuke havia chegado do colégio e esquecido de trancar, mas não era hora dele chegar porque estava frequentando um curso que o deixava na escola até mais tarde. ㅡ Itachi prossegue, alisando a lateral de sua xícara. ㅡ Quer dizer, estava perto da hora dele chegar...

Curioso, adentrei na casa, mesmo com tudo apagado e eu tinha pisado em cacos de vidro. Rapidamente gritei por meus pais, mas não recebi nenhuma resposta. Pensei que estavam no trabalho ainda e que alguém tinha entrado em casa, mas assim que me virei para a sala, vi os corpos jogados no chão; as paredes estavam ensanguentadas e uma faca largada perto deles.

O sangue empoçado estava fresco ainda, não fazia muito tempo que o culpado estivera ali. Eu estava com medo dele ainda estar ali, mas estava sentindo uma grande dor no peito. Me aproximei deles, hesitante, lágrimas borravam minha vista.

Lembro-me de ter ajoelhado ao lado da minha mãe, abraçando seu corpo sem vida, àquela altura eu mesmo já estava sujo de sangue. Eu sentia tanto ódio que me agarrei à faca ao meu lado, segurando-a firmemente pelo cabo. Não conseguia chorar embora quisesse.

Mas, tudo sempre pode piorar. Sasuke resolvera chegar naquele momento, trancando a porta atrás de si enquanto segurava um desenho que fizera, fora a última vez que o vira sorrir sinceramente. Seu sorriso se desmanchava aos poucos quando viu o estado do ambiente. No momento em que ele me interpretava mal, eu ligava os pontos e entendia o que tinha acontecido, quem fora o culpado.

Luzes vermelhas e azuis iluminaram o local, não dera tempo de raciocinar pois homens batiam na porta com força, gritando para que eu abrisse pois estava sendo acusado de homicídio. A primeira coisa que fiz foi soltar o corpo de minha mãe e me levantar, carregando a faca comigo, olhei uma última vez para meu irmão e me apressei para sair pelas portas dos fundos. Eu fui atrás dele, do Pain. Antes que a polícia me encontrasse sem que eu sequer pudesse fazer justiça com as minhas próprias mãos.

Uma coisa que não me arrependo foi de tê-lo achado sozinho num galpão - que era seu esconderijo quando me escravizava -, mas pelo visto ele sabia que eu iria atrás dele, afinal estava sozinho sentado em um sofá abandonado, sorrindo de forma psicodélica enquanto girava uma tesoura enferrujada na mão.

ㅡ Pelo visto viu sua surpresinha mais cedo do que eu esperava. ㅡ ele repetia enquanto eu me aproximava. Eu via sua camisa branca ensanguentada, ele parecia tão despreocupado, enquanto eu fervilhava de ódio.

Eu não tinha esperado ele dizer algo a mais, minhas ações foram o suficiente para fazermos entrar numa luta corporal; ele tentando desviar da faca em minhas mãos, e eu tentando esfaqueá-lo. Meu psicológico estava tão destruído...

[...]

Eu via a dor nos olhos de Itachi. Ele parecia estar revivendo tudo aquilo que estava contando, parecia até que tinha esquecido que eu estava ali, seu olhar estava fixado em algum ponto da mesa, ele não me olhava.

ㅡ E então, ele havia cansado, mas eu não. Não ficaria satisfeito até vê-lo morto. Antes que eu conseguisse fincar a faca em seu coração, ele sorriu e disse que me não se arrependia de ter feito aquilo. Então, eu o matei. ㅡ o moreno pisca e retorna a me olhar, suspirando. ㅡ Eu fiquei ali, parado, vendo-o morrer, perder sangue, estava desacreditado. Mal tinha percebido que estava ali há uma hora, só percebi quando a polícia me encontrou.