cap.6 Jordana

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  Depois de muito revirar na cama consegui dormir e agora as 6 da manhã meu celular desperta para mais um dia de trabalho. levantei fiz minha higiene e desci para ajudar as meninas na cozinha, depois de tudo pronto exatamente às 7 horas o chefe foi tomar seu café.

  Eu fiquei tão nervosa que acabou que a Luíza serviu ele sozinha eu voltei para cozinha e fui fazer um chá de camomila para ver se acalmava os meus nervos. Caralho eu tenho que me acostumar com a presença dele.

   Olga e Luiza começaram a retirar a mesa e eu fui ajudar. Quando terminamos tomamos nosso café e cada uma foi fazer suas tarefas.

Alguns dias se passaram, o trabalho continuou como havia sido combinado. Meu chefe é muito educado, sempre cumprimenta os empregados e nos trata bem. Comigo não é diferente, ele sempre pergunta se estou precisando de algo, um verdadeiro príncipe. Nada do que Olga falou de as vezes ele ser arredio e tal. As vezes acho que ele me olha diferente, uma ternura sei lá, mas não quero me iludir, as vezes confundimos educação com flerte. Eu acho que ele só está sendo educado comigo como é com todo mundo.

Estava arrumando a cozinha quando senti que ele se aproximava. O cheiro do perfume dele invadiu a cozinha e eu sabia que era ele.

— Posso ajudar em alguma coisa? – perguntei receosa.

— Sim passe no meu escritório quando terminar aqui.

Gelei completamente, arrepiei todos os fios de cabelo, mas assenti.

  Quando terminei de lavar a louça fui diretamente pra o escritório dele.
Ele estava sentado na frente da mesa concentrado em algo no computador,
bati na porta depois que eu já estava dentro do escritório, meio sem noção eu sei. Quando ele percebeu minha presença parou o que estava fazendo e pediu pra eu sentar, me sentei de frente pra ele, completamente insegura, com medo de ter feito alguma coisa errada e levar uma bronca.

— O senhor pediu pra eu vir aqui, aconteceu alguma coisa?

Ele evitou olhar nos meus olhos, parecia nervoso, ansioso, não sei, o conheço pouco ainda, mas ja percebi que ele sempre olha nos olhos quando fala com alguém e agora ele esta olhando pra um papel qualquer e evita o contato visual.

— Na verdade não aconteceu nada de mais. – ele pigarreou e colocou o papel na mesa e por fim me olhou e continuou. — Você mora com seus pais e nunca tinha trabalhado antes e agora vai precisar dormir no trabalho, gostaria de saber se ficou tudo certo com eles.

  Que alivio, era isso que ele queria saber. Pensei que fosse algo mais sério, mas achei bacana da parte dele se preocupar com essa parte.

— Na verdade eles ficaram um pouco preocupados e eu sou filha única com certeza eles vão achar estranho minha ausência, mas com os últimos acontecimentos eles sabem que é necessário.

— Que bom, imagino que não seja fácil pra eles mesmo. E com o trabalho esta tudo certo? Voce está conseguindo se adaptar?

Ha meu Deus! Ele é tao fofo! Afastei os pensamentos e o pequeno sorriso que  queria surgir e respondi.

— Sim, sim com certeza. Olga é muito paciente e Luiza me ajuda muito. Sr. Henrique, eu só posso lhe agradecer por essa oportunidade, é muito importante pra mim.

Ele me olhou nos olhos e agora eu que queria desviar, devido a tanta intensidade com que ele me olhou, mas permaneci firme.

— Não agradeça, se Olga te escolheu que sou eu pra discordar. – falou e deu um meio sorriso, ele precisa sorrir mais. Eu sorri tambem pra tentar me acalmar.

— Era só isso mesmo senhorita. Só fiquei meio pensativo sobre seus pais, mas fico feliz que teha ficado tudo certo. Agora não vou mais tomar seu tempo.

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