Cap.15 pov: Jordana - Henrique

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Henrique

   Acordei no meu horário de sempre, não preciso de despertador pra isso. Mas hoje é um dia especial, o dia em que acordei ao lado dessa pessoa que está me devolvendo a vida.

   Ela dormia tão serena tao calma que não tive coragem de acorda-la. Estávamos dormindo de conchinha, ainda bem que ela me abraçava por trás, se fosse o contrário não conseguiria me segurar e ia acabar acordando ela. Sei que ontem foi a primeira vez dela, por isso não acho bom ela ter relações agora, pelo menos agora. Acabei dormindo novamente.

Senti ela se movimentar e despertei.  Quando virei pra ficar de frente pra ela, seus olhos ainda estavam fechados, mas logo ela acordou. Em um rompante ela ia se levantar, mas a segurei:

– calma, calma. Não faz bem levantar tão rápido depois  de acordar.

– estou atrasada. Com certeza Olga já chegou e Luiza também. O que elas vão pensar se me verem saindo do seu quarto?

– elas não têm que pensar nada. Você é minha namorada agora. Porque se bem me lembro você aceitou meu pedido ontem.

– sim, aceitei. Mas ainda sou sua funcionária, tenho que seguir os horários. Elas não podem trabalhar por mim.

– tenho que conversar com você. Não pode continuar sendo minha funcionária sendo minha namorada.
Seu pai voltou as atividades e está conseguindo reerguer a empresa. Você não precisa mais se sacrificar trabalhando pra ajudar. Se quiser trabalhar agora será pra você mesma, por você e se quiser, pode também voltar pra  faculdade.

– ok, mas eu quero continuar trabalhando. Gostei da sensação de ser independente, ter o meu dinheiro sem precisar pedir nada a ninguém.

quando ela falou isso senti ainda mais orgulho dela.

– mas você não vai continuar trabalhando aqui como empregada. Não que não seja um trabalho digno, é sim. Mas é muito pesado. Quero uma coisa mais leve pra você. Vou arrumar um emprego na minha empresa.

– eu aceito. Mas Você sabe que se não vou mais trabalhar aqui, eu vou ter que voltar pra casa né?
 
  Caralho eu não tinha pensado nisso. Nao quero ficar longe dela.

– não, nao tinha pensado nisso. – A abracei e enlacei o corpo dela junto ao meu.

-– não quero ficar longe de você. Vem morar logo aqui.

– as coisas não funcionam assim, Henri.
Meus pais não vão aceitar. E por outro lado será bom vivermos uma vida de namorados, sentir a expectativa de ver o outro, a saudade, as mensagens antes de dormir. Se eu ficar aqui, vou dormir com você todos os dias, vamos acabar ultrapassando as fases do namoro, e vamos virar marido e mulher ao invés de namorados.  – não seria nada mal tê-la como minha  mulher pensei.

– eu adoraria acordar com você todos os dias. Mas tenho uma idéia pra gente continuar se vendo sempre.

– o que você está aprontando, senhor Henrique?  – falou com cara de desconfiada.

– você será minha secretaria lá na empresa. Eu pretendo voltar a trabalhar lá quando retomar meus movimentos. Enquanto não volto a andar você vai trabalhar pra mim de lá. Quando eu voltar estaremos juntos. Minha sala continua vazia.

  – pra mim parece bom. Mas todos vão me olhar como a secretaria que dá pro patrão.

– e não é verdade? – Falei rindo e recebi um tapa forte no braço.

– tô brincando meu amor. Todos vão te respeitar. Você não será minha amante, e sim minha namorada. Futuramente minha noiva e esposa, dona daquilo tudo. Quem não te respeitar vai pro olho da rua.

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