Capítulo 21 | Controverse Invitation

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Amelia e Eliza caminhavam lentamente pelos corredores

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Amelia e Eliza caminhavam lentamente pelos corredores.

Uma das portas estava aberta—para não dizer escancarada—e ocultava parcialmente a visão do que havia a frente. Não que houvesse muito a se olhar quando se era uma parede recoberta com papel de parede avermelhado e ordinário, como o que recobria as demais.

—Concluístes a limpeza? —indagou Amelia por fim.

—Sim, senhorita. As meninas ficaram um pouco indispostas com a ideia, mas por fim, eu recebi a ajuda que precisava.

Eliza estava radiante. Era perceptível, dado seu sorriso de orelha a orelha e olhos brilhantes, irradiando mais luz mais do que o sol. Amelia não pôde evitar e sorrir também, contagiada pela alegria de sua eterna amiga.

—E está apto para o meu trabalho?

Bem, quanto a isso... —murmurou a mais velha, desviando o olhar, hesitante—Terás que ver por ti mesma.

A Stratford não tardou em mover-se em direção ao batente e inclinar-se sobre a abertura, curiosa em relação ao trabalho que havia sido feito no escritório. Ainda que latente, sua imaginação lançava lampejos de como esperava encontrar aquela sala.

Poderiam os móveis estarem dispostos de uma forma diferente? Ou melhor ainda, poderiam ter sido trocados?

Com todas essas ideias em mente, Amelia finalmente permitiu-se espiar diante da porta.

Seus olhos curiosos murcharam diante da visão que encontrara.

O peso da frustração lhe acertou como mil toneladas de pura expectativa quebrada. Apesar de limpo, o escritório ainda se encontrava em um estado inabitável.

Para não dizer, vazio.

—Olhe, eu sei que tu não pedistes para que organizássemos o quarto. —iniciou Eliza, em defensiva—Mas de toda forma, não poderíamos concluir algo assim em apenas uma tarde, nem com um batalhão de criadas.

Em resposta, Amelia apenas suspirou, tentando formular algo para dizer. Sim, ela de fato não havia mencionado nada sobre a organização do cômodo e sabia que os móveis deveriam ser retirados para que a limpeza obtivesse êxito. Mas a sensação de ter expectativas frustradas nunca era boa, arranhando sua mente com as energias inutilizadas com tal espera.

A verdade era que aquele assunto havia se apagado da mente da jovem. Estivera ocupada com o trabalho e com aquela carta estúpida dos fornecedores, de modo que o escritório de seu pai parecia um conforto longínquo, como se jamais houvesse sido desocupado.

E talvez, por causa daquele lapso de memória, ela passara a expectar, mesmo inconscientemente, que aquele cômodo já estivesse pronto para ser ocupado quando fosse visita-lo.

Como se não bastassem todas aquelas preocupações, seus pensamentos acabaram por se voltar a uma única pessoa: Maximillian.

Era estranho como aquele garoto sempre conseguia roubar a sua atenção, de uma maneira ou de outra.

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