— Aaah… — Dei um longo suspiro. — Não quero ir para a escola…
— Mas você vai. — Minha mãe falou andando pela cozinha a procura de algo. — Você viu a minha gravata?
— Nem sabia que você usava gravata. — Falei e logo dei uma mordida no meu sanduíche.
— Hoje eu tenho uma reunião importante, então eu tenho que está mais… formal!
— Olha na sala, você não tinha deixado ela em cima do sofá?
— Vou ver. — Momentos depois eu pude ouvir os gritinhos dela. — Acheeii!! — Não pude deixar de escapar um sorriso do meu rosto. Terminei meu café da manhã e fui pegar minha bolsa.
— Mãe, eu já vou! — Gritei para ela.
— Já? — Ela colocou a cabeça para fora da porta do quarto e eu pude ver o nó que ela chamava de gravata.
— O que é isso? — Falei rindo.
— Oh! Não sei o que deu errado eu seguir o tutorial direitinho. — Ela se aproximou de mim e eu ainda estava rindo.
— Deixe eu te ajudar. — Fiz o nó de gravata nela.
— Ai, ai. Não sei o que faria sem você, minha princesinha. — Ela me abraçou e eu retribui. — Cuidado no caminho para a escola.
— Você também, cuidado no caminho para o trabalho. — Nos despedimos e eu saí de casa.
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"Não acredito nisso..."
Eu estava encarando a porta do meu armário completamente sem reação. Na porta do meu armário estava escrito mentirosa de caneta preta e tinha fotos minhas rabiscadas, eu pude ouvir algumas risadinhas atrás de mim, mas eu não confiava em mim mesma para virar e ver quem estava rindo, porque eu sabia que se eu encontrasse a pessoa que foi responsável daquilo eu iria quebrar o nariz dessa pessoa.
Minha respiração estava acelerada e não era de medo, era de raiva! Memórias da minha vida passada vieram à minha mente.
— Argh!! Que nojo!! — Eu estava sentada na minha cadeira desenhando e de repente jogaram um líquido fedorento em cima de mim. As pessoas que estavam na sala começaram a rir. — Que p@rr@ é essa??!! — Me levantei e gritei com o garoto que havia jogado aquilo em mim, mas ele simplesmente deu de ombros. Eu peguei as minhas coisas e saí de lá correndo.
— Tudo bem mesmo fazer isso com ela? — O amigo dele perguntou.
— Tá tranquilo. Os pais dela morreram e a tia dela é ocupada demais para vir à escola.
— Tu é muito p@# no c* mesmo com essa garota, eu ein.
— A culpa é dela, foi ela quem quis mostrar aquela cara feia dela aqui. — Os dois caíram na gargalhada depois desse comentário.
Naquele dia eu fui para casa por um caminho diferente, eu queria evitar me encontrar com algum conhecido, ainda bem que eu fui por aquele caminho. Naquele dia eu prometi para mim mesma que nunca mais iria abaixar a minha cabeça de novo!! Eu estava cansada das pessoas pisando em mim!!
Acabei parando de frente para uma academia, o cartaz que estava na porta dela havia me chamado a atenção, "Treinos de Muay Thai toda segunda, quarta e sexta.", depois de um tempo parada encarando aquilo um cara saiu pela porta e começou a falar comigo.
— Interessada? — Ele levantou uma sobrancelha para mim. Eu assenti timidamente com a cabeça, ele me olhou de cima a baixo. — O que é…? — Ele apontou para a própria cabeça, ele estava se referindo ao líquido estranho em cima da minha cabeça.
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A vilã quer ser boazinha! - Miraculous Ladybug.
Fanfiction𝙿𝚊𝚛𝚝𝚎 𝙸 Por incrível que pareça,não foi muito difícil me adaptar aqui em Paris e viver como Lila Rossi. E minha vida tem estado um pouco agitada (em um bom sentido) desde que Ladybug me confiou um de seus miraculous. Às vezes me pergunto se o...