8 - Segredos do Governo

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02:40 da manhã

Em algum lugar do deserto de Nevada

General Rick

Caminho pelos corredores sufocantes da base subterrânea no meio desse deserto solitário até chegar a sala da inteligência do governo. O local repleto de computadores e outros equipamentos de escuta e identificação está um caos, os homens correm de um lado para o outro e não entendo o que pode ter causado isso.

- Senhor - James, o mais jovem oficial de inteligência americana que esse país já teve, se aproxima e me entrega uma folha de papel que mostra algumas ondas sonoras com alterações de padrão. - nós identificamos uma série de anomalias nos sistemas de comunicação do exército há dois dias.

- Fale meu idioma, oficial. - alterno o olhar entre o papel e ele.

- Aquele arquivo de 1942, senhor. Sobre o tal experimento que estava em desenvolvimento na base de Chicago. - ele está com os olhos arregalados. - Acreditamos que pode ser real.

- Mas de que experimento está falando? - pergunto. - Diga de uma vez!

- A suposta máquina do tempo. - Dra. Lindsay caminha até nós e põe uma série de documentos empoeirados sobre a mesa. - Em 4 de dezembro de 1942 um tenente que estava na base militar de Chicago desapareceu misteriosamente após invadir o laboratório secreto que continha um protótipo da que talvez pudesse ter sido a maior invenção de todos os tempos. - ela abre o relatório sobre a mesa e me mostra as anotações feitas pelos cientistas durante a segunda guerra. - A invenção era um pequeno relógio capaz de realizar viagens que pudessem alterar fatos já ocorridos ou que iriam acontecer.

- Sim, sim - digo sem dar importância. - Já ouvi essa bobagem. O que tem?

- Não é bobagem, general - ela coloca as mãos nos bolsos do jaleco. - Há dois dias nossos receptores identificaram algo que só foi visto uma única vez. - segue em direção ao painel do controle de inteligência e aponta para a tela que exibe uma linha de frequência de rádio. - Está vendo as alterações de padrão, são as mesmas que bloquearam as linhas de comunicação da força militar dos Estados Unidos na noite de 4 de dezembro de 1942.

- A noite em que o tenente desapareceu - digo.

- Exatamente, senhor. - oficial James me mostra uma página de um jornal do ano seguinte ao desaparecimento do tenente. - Para abafar o caso, ele foi dado como morto ou desertor, mas agora temos quase certeza de que não foi isso que aconteceu com ele.

Pego a folha de suas mãos e vejo o homem na foto.

- Nós acreditamos que ele finalmente tenha chegado, general - Dra. Lindsay diz seriamente. - O primeiro homem a viajar no tempo está aqui, no ano de 2022.

- Mas isso não é possível! - falo - Esse protótipo falhou, todos sabem que não passou de uma invenção ilógica!

- Com todo o respeito, o senhor está enganado. - a cientista caminha até um dos computadores e me mostra uma imagem de câmera de segurança. - Esse homem - aponta para a tela. - e este homem - pega o jornal das minhas mãos, o colocando na frente do corpo. - São a mesma pessoa.

Aperto os olhos para ver melhor a imagem borrada da câmera de segurança do estabelecimento que parece ser um cassino e digo:

- Está me dizendo que tem uma pessoa de 1942 vivendo aqui? No ano de 2022?

- Sim, senhor - a doutora afirma com um movimento de cabeça.

- E não é qualquer pessoa - James olha para chão. - é um militar. Alguém que sabe de muita coisa.

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