Conforme as coisas se acalmam depois do confronto com Breu, Jack tem tempo para reavaliar seus poderes.
Reavaliar sua vida, e qual o sentido dela.
Enquanto isso, uma nova ameaça desponta do horizonte, prometendo a ruína dos Guardiões de dentro para...
Eu atrasei o prazo? Eu atrasei. Sinto muito por isso. Só posso desejar uma boa leitura a você, e prometer tentar não fazer o mesmo outra vez (talvez eu quebre essa promessa, mas não é de propósito).
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Ele havia saído antes que Aster pudesse impedí-lo. Estava preparando algo para comerem quando o sentiu passar por um dos túneis, o Vento o encontrando antes que as patas de Bunny o alcançasse.
Voltando ao quarto de hóspedes, encontrou um recado na janela, escrito em meio á leve geada que cobria o vidro.
Agradeço seu cuidado e hospitalidade, mas não quero ser um incômodo e não quero depender da sua pena.
Nos vemos por aí, Canguru.
A letra era bonita, floreada. Como as das cartas antigas. Mas também havia pressa ali, mostrando que não fora proposital. Bunny sequer sabia se o garoto estava bem o suficiente para sair, e não gostava do tom das palavras, como se Jack fosse um incômodo.
É claro que ele não fora nada amigável desde a primeira vez que se encontraram, mas não desgostava tanto assim do Espírito de Inverno. Ele podia ser... despreocupado demais para o gosto dele, mas a batalha contra o Breu notou que aquilo não era um problema, ele era responsável quando precisava.
Pensando em Breu, Aster notou que aquilo não iria bem. Logo Jack, dentre todos os Guardiões, a começar as aproximações com o Bicho-Papão! Norte estava louco.
Deixando para pensar nisso mais tarde, Aster voltou para a cozinha, apenas para se deparar com dois lugares postos e o chá agora frio.
Já não tinha fome.
O vento o levou com a leveza de sempre, o acariciando enquanto passaram pelo lago, logo o deixando sob a sombra das árvores no meio da floresta. O brilho do lago podia ser visto ao longe, mas Jack estava cansado para ir até lá, e a luz do Sol, mesmo fraca devido ao inverno, parecia demais.
Tudo o que ele queria fazer era se recostar sobre um tronco e dormir, mas ele sabia o porquê do Vento deixá-lo ali.
Tão próximo daquela cama...
Suspirando, ele deu os próximos passos, se aproximando a passos curtos da parte mais escura da floresta. Chegava a ser irônico o fato de seus lugares serem tão próximos, considerando que todos os Guardiões moravam em outros continentes. Ás vezes, no meio da noite, podia sentir a magia de Breu no ar, mesmo que mais fraca e quase imperceptível, já que os pesadelos deviam continuar, mas sob controle e de modo saudável.
Jack se perguntava se ele também podia sentir sua magia quando espalhava alegria dali.
As sombras começaram a se tornar maiores, até que viu a cama quebrada e o buraco embaixo dela. Breu estava o observando, sabia disso.
