Conforme as coisas se acalmam depois do confronto com Breu, Jack tem tempo para reavaliar seus poderes.
Reavaliar sua vida, e qual o sentido dela.
Enquanto isso, uma nova ameaça desponta do horizonte, prometendo a ruína dos Guardiões de dentro para...
Bom, eu demorei, eu sei. Vou tentar fazer disso uma atualização semanal, no mínimo.
Estou tentando alimentar meus capítulos reserva, mas estive com problemas para isso, mas já consegui retomar meu foco.
Dito isso, só posso dizer que o final do capítulo anterior tem muitas consequências nesses...
Boa leitura!
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Aster devia ter sido amaldiçoado por algum deus, só podia.
A manhã começou chuvosa, então nem se preocupou em acordar muito cedo já que não poderia trabalhar no campo. Jack parecia ter o mesmo pensamento, pois sempre acordava tão cedo quanto ele e até então não havia levantado, e levando em conta a audição apurada de Bunny, sequer acordado, sua respiração leve e superficial de quem ainda dormia.
Isso não o impediu de assar biscoitos, pela primeira vez já que roubavam muito tempo do seu trabalho. Acrescentou pedaços de chocolate nos de Jack, porque sabia que o garoto era louco por eles, mesmo que não dissesse.
O chá se manteria quente, graças ao bule que Tooth lhe deu há muito tempo, uma relíquia do povo Colibri, há muito extinto. Bunny sorriu ao sentir o cheiro dos biscoitos, o chocolate bem marcante, e sorriu ainda mais ao ouvir seu hóspede acordar com isso.
-- Abençoado seja, Peter Cottontail. -- Jack praticamente gemeu do quarto um pouco depois. -- Se você estiver tentando me engordar para o abate, eu não estou reclamando, viu?
Foi quando ele saiu pela porta do quarto, que ficava a um cômodo da cozinha, no final do corredor que se seguia. Quase trinta metros de distância.
Aster tinha certeza que devia ter ofendido alguma divindade, porque não era possível que alguém o colocasse à prova de fogo em plena manhã chuvosa de quarta-feira.
Jack estava sorridente.
Mais do que o normal.
Não o sorriso de vidro automático, mas uma coisa preguiçosa de quem acabara de acordar de bom humor.
Bunny conseguia sentir uma nuance diferente no cheiro dele. Contentamento(ele fez uma nota mental de fazer biscoitos mais vezes).
Os pookas não tinham indicação de cheiro como os espíritos de inverno, mas um quase equivalente. Geralmente só aparecia depois que duas almas se ligavam, uma demonstração para todos que aquele pooka em questão já havia achado sua metade. Não era nem de longe algo sexual, mas sim algo doce para demonstrar amor. Bunny nunca havia parado para pensar sobre isso antes, mas agora, com Jack ali, foi impossível não fazer a comparação.
