Preparativos

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Notas Iniciais:

As imagens não chegam nem aos pés do que minha imaginação muito fértil planejou, mas foi o mais próximo. Usem a descrição para imaginar a roupa de Jack.
Boa leitura!

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-- Um baile? Como nos contos de fadas? -- Cupcake parecia ameaçadoramente animada, batendo palmas enquanto as demais crianças folheavam os livros que Breu lhe dera, opinando sobre as imagens

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-- Um baile? Como nos contos de fadas? -- Cupcake parecia ameaçadoramente animada, batendo palmas enquanto as demais crianças folheavam os livros que Breu lhe dera, opinando sobre as imagens. -- Minha mãe é costureira, foi ela que fez minha fantasia. Se eu pedir, ela pode fazer sua roupa também.

-- E nós podemos comprar tecidos na loja dos pais da Pippa! -- Jamie falou animado.

Naquela mesma manhã começaram os preparativos. Jack acompanhou as crianças, mostrando os tecidos que tinha interesse para que Cupcake os pegasse, e depois de escolhe-los todos, deu o dinheiro para que a menina pagasse e fossem logo para a mãe dela iniciar os trabalhos.

Dinheiro era uma coisa irrelevante para Jack. Considerando que os pequenos espíritos pagavam seus impostos para a Rainha da Neve, ela realizava as conversões e pagava os espíritos responsáveis pelo equilíbrio da estação, e mesmo que Jack nunca tivesse se importado de verdade com seu salário, ele teve um bom direcionamento para ele dessa vez.

O Guardião da Alegria acabou pegando ideias de várias roupas para formar a sua, unindo os retalhos de ideias em um desenho próprio que ele esboçou, e que de acordo com seus crentes, era incrível. Depois de Cupcake e Jamie tirarem suas medidas e levarem para a costureira, Jack ficou em torno dela acompanhando seu trabalho, cada corte, costura e bordado sobre seus olhos.

Eles deixaram claro que era um trabalho importante e precisavam dele para o dia seguinte, mas Jack se sentiu um pouco culpado quando viu a senhora passar a noite sobre a máquina de costura, terminando alguns ajustes antes de ir cumprir com suas atividades. Quando a tarde começou a se desenrolar, sua esperança de que ficasse pronto até a festa foi morrendo, mas logo a mãe de Cupcake voltou para a sala de trabalho, e não saiu de lá até que sua roupa estivesse pronta.

A mulher devia ter mãos de fada. A roupa caiu sobre si da forma mais perfeita possível, cada detalhe do bordado prateado brilhando sobre a luz da lâmpada do ateliê, mas Jack espalhou um pouco de sua magia para que eles refletissem como flocos de neve, além de estender padrões delicados nas bainhas do gibão azul royal aberto, que descia harmonicamente até o chão. Sua camisa branca se parecia muito com as camisas sociais dos humanos, mas as mangas eram um pouco bufantes. O colete era azul celeste, com mais padrões de flocos de neve delicados, ricamente bordados em linha prateada. A calça preta justa ia até seu calcanhar, e era um pouco estranho o fato dela não ser curta como a que estava habituado, mas não podia negar que ela formava uma imagem agradável em conjunto com as demais peças. Ainda não havia colocado a capa, mas sabia que ela não destoaria do resto, tendo um tom de azul quase preto e um capuz que Jack aprovava e muito.

Seus pés, obviamente, continuariam descalços, mesmo sob os protestos de Jamie para que ele vestisse as botas pretas que ele lhe dera de presente. Quando finalmente se deu conta da hora, Jack correu para o banheiro no quarto de Jamie, tomando um banho demorado enquanto as crianças esperavam na sala. Mesmo a água quente sendo estranha sobre sua pele fria, o espírito de inverno apreciou aquilo, saindo do banheiro sob uma nuvem de vapor enquanto se secava e se vestia com pressa, adorando cada detalhe de sua roupa.

Quando finalmente chamou as crianças, elas bateram palmas ao vê-lo, tecendo mais elogios do que Jack ouviu em toda sua existência. Ele sentia seu rosto corando enquanto agradecia, mas ainda estava em dúvida sobre algumas coisas. No fim, as crianças o convenceram a usar a fita sobre a gola da camisa, um laço caindo sobre o colete, já que todos concordaram que o gibão devia permanecer aberto. A capa se arrastava atrás de si quando deu uma volta no quarto, experimentando como era andar com ela.

Jamie e os outros voltaram a tocar no assunto das botas enquanto Jack penteava o cabelo, tentando sem sucesso trazer ordem aos fios, que apesar de sedosos, continuavam com vontade própria. Por fim, ele as vestiu, mesmo que isso ferisse sua natureza. E se perdesse o controle das coisas e congelasse o chão sob seus pés por estar em contato direto com ele? Isso já tinha acontecido antes, e para garantir que não ocorreia outra vez, vestiu as luvas negras que estavam no bolso do gibão, se encarando no espelho.

Foi a primeira vez em que realmente gostou de se ver no espelho.

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Notas FinaisDeve haver alguma casa de câmbio no mundo mágico que troca o dinheiro mágico em dinheiro humano.Como disse, algumas coisas da descrição não batem com a imagem que é meramente ilustrativa.Agradeço à leitura, e até breve s2

Ao Cair da NeveOnde histórias criam vida. Descubra agora