Ajuda Inesperada

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Notas Iniciais:

Voltei!

Capítulo curto, mas pretendo voltar em breve!

Boa leitura!

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-- Eu pretendo ir ao mercado do Reino de Gelo

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-- Eu pretendo ir ao mercado do Reino de Gelo. -- Jack disse, depois de chegarem e ficarem em um silêncio desconfortável na sala. -- Eu definitivamente preferia não entrar no terreno daquela doente, mas vai ser preciso pelo visto.

-- Você não precisa ir. -- Bunny fez questão de dizer. -- Eu mesmo posso voltar ao mercado com sua lista ou ir ao Mercado de Gelo por você. -- Ofereceu, não querendo o garoto em perigo e sozinho por aí.

-- Duvido que eles esqueçam o incidente de antes tão cedo, e você jamais seria recebido na Corte da Rainha do Gelo, Bunny. -- Jack não parecia confortável com o nome dela, muito menos em entrar nos domínios de inverno.

-- Não quero que vá, muito menos sozinho. -- Disse, se aproximando e pegando a mão dele entre as suas patas. -- O jeito que você fala dela me preocupa.

Jack olhou suas mãos juntas, sem se afastar, antes de encará-lo. O cheiro dele se tornou estável outra vez, sem o amargor dos sentimentos ruins e do medo de antes. Ele tinha uma ideia, pelo visto.

-- Breu pode vir comigo. -- Ele o encarava nos olhos ao falar, e Aster não sabia o que pensar.






-- Um convite, Jackson? -- O tom dele era plano enquanto servia chá para ele, com um sorriso mínimo. -- Seu carcereiro sabe disso?

-- Bunny não é meu carcereiro. Ele é meu amigo, e está me hospedando por enquanto. -- Jack não soube de onde veio a ânsia por defendê-lo, mas não toleraria esses comentários maldosos. Os deuses sabiam como o pooka era importante para ele. -- Mas ele não pode entrar lá por ser um ser da primavera, e pensei que você pudesse me acompanhar. Eu pretendia colocar as ideias dos livros que me deu em prática.

Breu o encarou com curiosidade enquanto lhe entregava a xícara.

-- Você não parece gostar do lugar. -- O Guardião do Medo estreitou os olhos. -- E eu sei que você é o tipo de espírito independente que prefere agir sozinho, então para pedir companhia, a situação não é das melhores.

-- Sabe como os espíritos de inverno são. -- Jack suspirou, sentindo o chá esfriar em suas mãos geladas. -- Na Corte não é muito melhor.

-- Com uma rainha como a de vocês... -- Ele deixou no ar, soprando seu chá, ainda apoiado no aparador.

-- Ela não é minha rainha. -- Jack disse resignado.

-- Bom, você sempre pareceu um espírito livre para mim. -- Concordou Breu, com um aceno. -- Me parece certo que mantenha isso. Podemos ir depois do chá? Quero estar de volta à noite.

-- Seu trabalho, não é? -- Jack sorriu, lembrando de como conversou com Sandy na última vez que saiu do Warren, e de como até o homenzinho estava surpreso com o bom comportamento dele. -- Você está indo muito bem.

-- Agradeço o elogio. -- Ele sorriu sem mostrar os dentes pontudos, parecendo mais leve. -- Quais são as chances de encontrarmos uma ameaça em potencial por lá? Faz tempo que não me envolvo em alguma diversão real.

-- Você é louco, tenho certeza disso. -- Brincou, vendo o outro Guardião sorrir ao revirar os olhos. -- Mas são altas. Mais altas do que eu gostaria.

-- Faz tempo que as coisas não ficam animadas. -- O sorriso do Bicho-Papão era maligno, mas daquele humor que não o assustava mais. -- Vai ser tão interessante poder usar minha magia outra vez sem me preocupar.

-- Pitch, não queremos confusão. -- O tom sério era estranho até para os ouvidos de Jack, mas era preciso. -- Temos que passar despercebidos por lá. Não quero que a Rainha saiba que estive em seu território.

-- Não me diga que foi um dos Bewitched dela? -- O tom brincalhão de Pitch era novo e bem-vindo, mas a menção daquela palavra o fez estremecer. Ele notou, seu sorriso morrendo instantaneamente enquanto os olhos dourados brilharam de uma forma nada boa. -- Ela não fez isso, fez?

-- Tentou. -- Jack deu de ombros, fazendo pouco caso mesmo que isso o atormentasse desde sempre. -- Chegou perto, mas consegui fugir.

-- E você quer voltar lá? -- A voz dele era mansa, os olhos dourados calmos.

Aquela expressão, não de pena como esperava, mas de compreensão e aceitação, só o fez querer ir até o mercado, provar que não era um objeto na estante dela e que alguém era capaz de ver que ele podia ser mais.

-- Não posso me esconder nas sombras para sempre, mesmo que goste disso. -- Disse com o sorriso que conseguiu reunir.

-- Deixa a lebre ouvir isso. -- Ele bufou, os olhos brilhando de diversão outra vez.


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Notas Finais:

Agradeço a leitura e até breve!

Ao Cair da NeveOnde histórias criam vida. Descubra agora