Paraíso

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Notas Iniciais:

Voltei!
Outro capítulo curto, eu sei, mas quem sabe amanhã posto outro?...
Boa leitura!
(Esse gif ... kkkkk)

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Sabia que estava errado

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Sabia que estava errado. Mas não ia dar o braço a torcer.

Para começo de conversa, nem sabia de onde veio toda aquela raiva e possessividade. Frostbite tinha todo o direito de ser cortejado por qualquer um. Até mesmo o Marmota, se essa fosse a vontade dele.

Mas não foi.

E mesmo que isso fosse justificativa para seu ataque, não justificava o quanto ficara abalado com as palavras do Marmota.

Inferno, conhecia o garoto a menos de um ano.

Mas não devia pensar nisso agora. Pegou o presente de seu amigo secreto e a fita. A fita azul royal que Jack usava no começo da festa, e que Bunny encontrou depois que ele foi embora. Por um momento, depois de toda a discussão e arrependimento, o Pooka o procurou, e a trilha do cheiro de Jack o levou até o lenço preso em alguns galhos de uma árvore baixa.

Isso não devia impressionar Bunny, já que como estava preso no pescoço de Jack, sobre o lugar onde o cheiro dele era intenso, a indicação seria mais forte. O que impressionou o Guardião foi o quão mais fácil foi senti-lo, sem precisar se aproximar.

Talvez nunca tenha procurado o cheiro dele, isso seria muito inadequado. Mas naquela festa, ele não precisou procurar. O cheiro foi até ele, mais forte e mais pronunciado. Bunny quase podia distingui-lo agora, fresco como hortelã e delicadamente doce. Não o doce enjoativo e punjente que já vira por aí, mas um toque suave.

E esse cheiro estava vindo do laço.

E se espalhando pelas almofadas do sofá do Warren, como constatou ao pegá-lo de lá para ir ao Norte. Esperava que ele não permanecesse por muito tempo ali.





Embora a ideia do desjejum de Natal na casa do próprio Papai Noel fosse boa, isso não acontecia a alguns séculos já. Bunny mal se lembrava da última, e por mais que a ideia fosse boa, sabia que nunca poderia aderi-la ao seu feriado, já que as manhãs de Páscoa eram a parte mais movimentada do feriado, ao contrário do Natal onde os presentes eram entregues na madrugada.

Quem sabe um almoço? Pensou enquanto seu túnel começava a esfriar, indicando que estava perto da casa de seu amigo. Todos os Guardiões estavam se esforçando para fazer a reaproximação e inclusão de Jack dar certo. Até mesmo Sandy estava começando a planejar piqueniques em seu castelo movediço( no qual Bunny estava receoso em aceitar, dada a altura do castelo nos ares e sua instabilidade por ser feito de areia) e Tooth já os chamara para chás várias vezes.

Alguns Yetis arrumavam os vestígios da festa da noite passada quando passou pelos corredores, e conforme se aproximava, algo o atingiu com força.

A brisa de uma manhã de inverno. Com toques de hortelã, uva, maçã e morango, como um passeio pela campina no fim da estação fria. E haviam flores.

Por todas as estrelas do céu. Amaldiçoou Bunny.

O perfume das angélicas lembravam as noites de inverno onde a estação era mais amena, já que como bom botânico, Aster sabia que a flor exalava seu perfume à noite. O cheiro de tulipas, lírios e orquídeas o lembravam de um passeio ao redor do mundo, nos melhores jardins que podia encontrar, e Bunny sentiu as patas coçarem para plantar muitas delas em seu Warren.

As sentiu coçarem para encontrar a origem daquele aroma e colocá-lo em um frasco. Santo Deus, que perfume era aquele? Era como se prendessem todas as coisas boas em um único lugar, harmonizando seus cheiros e combinando suas essências em um cheiro único e impactante, como a lenda de Iraiänuth, o prendendo de tal forma que sua alma caminharia alegremente para a morte sem questionar, se isso significasse se aproximar um pouco mais do paraíso.

Mal registrou seus passos enquanto seu focinho se contraía na origem do aroma, suas patas o levando até a sala do Norte e abrindo as pesadas portas. Era como se flutuasse, perdido na sensação que o tomava ao seguir a fragrância do paraíso, ao mesmo tempo que parecia que finalmente havia se encontrado. Encontrado seu lugar no Universo.

Saiu do torpor ao encontrar os demais Guardiões conversando alegremente na sala. E não precisou sequer uma vez ao redor, procurar algum incenso mágico ou algo do tipo.

Porque assim que entrou, seus olhos pousaram em Jack Frost. E em nenhum momento se desviaram, porque Bunny conseguia sentir a droga do cheiro irradiando dele, como uma aura de torpor cintilante.

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Notas Finais:

E agora, José?Espero que tenham gostado!

Ao Cair da NeveOnde histórias criam vida. Descubra agora