De família

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- Capítulo 4 -

De família. 

Por demandas do Fugaku um contrato foi assinado pelo Naruto, no contrato dizia que o Uzumaki "pertencia" ao moreno até que o mesmo resolvesse com quem iria casar e se a pessoa escolhida fosse o loiro, ele só seria liberado do contrato caso recusasse o pedido, caso contrário devia fidelidade ao Uchiha e se fosse pego traindo poderia ser levado até mesmo a execução, a família do moreno não deixava passar nada e seu lema era "Quem perdoa é Deus". 

O ômega não viu nada demais, afinal não era homem de ficar se agarrando com alguém por cada esquina, aliás, não tinha ficado com ninguém até então, tinha medo, por assim dizer e estava bem consigo mesmo, com a sua família, mas sempre apoiou o seu irmão caso ele quisesse arrumar alguém. Após ter dado a notícia ao Konohamaru, ele não parecia muito feliz, no entanto o Naruto não compreendeu o motivo de sua birra, afinal ele sempre lhe motivou a arrumar alguém e quando isso aconteceu ele quis pular do barco. 

O loiro estava em seu local de trabalho, horário de descanso, foi até a sala destinada a isso e se deitou em um dos sofás, a sala estava vazia, logo, podia se sentir a vontade. Se levantou rapidinho para abrir a janela e voltou a se jogar no sofá, sentindo aquela brisa leve em seu rosto.  Subitamente ouviu um som vindo da porta, som dela se abrindo, mas não se movimentou, nem sequer para abrir os olhos e ver de quem se tratava, sabia que poderia ser descuido, no entanto estava com muito sono, sendo vencido pelo cansaço e para a sua sorte, o rapaz pôs a mão sobre o seu rosto e não uma faca. 

O mais novo abriu os olhos, assustado com o toque em sua bochecha e deu de cara com um par de olhos âmbar, estreitou os olhos e foi se sentando devagar, observando o rapaz na sua frente. Ele vestia um quimono azul, tinha um rosto afeminado e mãos delicadas, sentiu isso ao ter o seu rosto tocado, mas pelo leve cheiro amadeirado sabia que ele era um alfa e sabia quem ele era, ou pelo menos achava que sabia. Curvou a sua boca em um sorriso mínimo e segurou a mão do alfa, entrelaçando os seus dedos. Certo que não fazia isso com mais ninguém e foi isso que sujeitou a sua curiosidade de ser carinhoso por assim dizer. 

A mão dele era tão macia quanto achou que fosse, e com isso não se segurou antes de tocar o seu rosto, fazendo o alfa fechar os seus olhos para desfrutar do carinho e corar um pouco. O Naruto riu baixinho com a atitude do mais velho, até que talvez não fosse ruim conhecer um pouco sobre o Uchiha, esse foi o seu pensamento antes de ver a porta ser aberta novamente e por ela passar um outro alfa. 

Ele pasmou. Alternou o seu olhar do que estava na sua frente ao que estava na porta, puxou a sua mão do rosto alheio e a pôs sobre a sua boca aberta em surpresa. O que estava na porta não parecia estar com uma cara muito boa, já não tinha uma expressão boa naturalmente, ainda mais vendo o loiro alisar outro, esse já bem mais amigável, por mais que a simpatia - ou a falta dela - fosse a mesma. 

- S-Sasuke? - Questionou, confuso, sem saber para quem olhar após chamar aquele nome. 

O garoto de quimono riu e se levantou do chão, afastando-se do ômega e ficando ao lado do recém-chegado. 

- Sim? - Retrucou o moreno que terno. - Esse daqui é o meu primo, o Utakata Uchiha, ele estava muito empolgado para te conhecer já que conheceu as outras ômegas, menos você, mas pelo visto já estão se dando muito bem. - Satirizou arqueando uma de suas sobrancelhas. 

Foi a vez do Naruto corar, não era nada disso e se o Uchiha não aceitasse as suas explicações ou pedido de desculpas, aquilo poderia ser encarado como traição, o que não ficaria bem para o lado do Uzumaki. 

Mar de rosas (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora