Reconciliações

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– Capítulo 15 –

Reconciliações.

A Hanabi não deu nem tempo para que as meninas perguntassem o que ela tinha, saiu do clube com lágrimas nos olhos e chamando a atenção da maioria, principalmente a do Konohamaru, ele não tinha mesmo certeza, então passou o seu olhar por todo o estabelecimento e os seus olhos se encontraram com os da Hinata, a mesma fechou a cara automaticamente e com a sua típica expressão de nojo ela virou a taça, sabia que a sua irmã mais nova não gostava quando alguém ia atrás dela quando estava chateada ou triste, respeitava o seu espaço.

O Uzumaki ficou inquieto, sabia do que se tratavam aqueles olhos molhados da garota que acabara de deixar o local, tinha que explicá-la, porém não podia deixar a sua cliente lá, poderia ser até mesmo demitido de seu melhor emprego, afinal ele estava começando a ser bem pago devido sua promoção para hostess de luxo, melhor que o seu  antigo emprego. Mexeu a perna freneticamente, estava com um sorriso falso em seus lábios e concordando com tudo o que a mais velha falava, fingia que ouvia algo.

- Por que não vai atrás dela? – A Chiyo perguntou e levou a taça com martini até a sua boca, tomando apenas um gole.

- Como? – O garoto não podia acreditar em seus próprios ouvidos, provavelmente teria ouvido errado já que não estava prestando muita atenção.

- Vai atrás dela, é a Hanabi Hyūga, certo? Vocês são tão jovens e apaixonados, têm mais é que aproveitar. – Ela deu risada.

- Como a senhora...? – Nem foi capaz de concluir a sua pergunta, estava boquiaberto, a Akasuna estava de costas para a porta e balcão, nem tinha como ela ver a ômega dos Hyūgas.

- O cheiro dela, sou uma ômega com o nariz apurado e reconheço o cheiro dela de longe. – Deu uma outra risada, porém mais baixa. – Ande logo, querido, vá atrás dela, não quer que a sua parceira destinada escape de você pra sempre, quer? – Provocou segurando a sua taça em uma de suas mãos e girando-a um pouco entre os seus dedos.

- Parceira destinada? Isso é lenda. – Foi a vez do alfa rir, lembrava-se de quando a sua avó contava-lhe como ela não encontrou o seu parceiro destinado por ter se juntado com um outro alfa.

- Se você não acredita nisso faça o teste, mas nunca se esqueça das minhas palavras, se eu estiver certa quero saber depois. – A velha debochou em um sorriso ladino e deu uma piscadela para o maior, voltando a tomar outro gole de seu drink.

- T-Tanto faz. – Deu de ombros, mas tentou manter sua pose gentil e elegante. – Não posso deixar uma cliente na mão, a senhora me alugou por uma noite completa.

- Ora, querido, não seja teimoso, apenas vá, deixe o seu chefe comigo. – A Akasuna insistiu mais uma vez e jurou a si mesma que se o garoto não aceitasse ela iria fazer uma reclamação apenas para deixá-lo sentir-se ameaçado.

Mas não foi necessário mais nada, o Konohamaru se levantou da cadeira meio afobado e afrouxou a sua gravata, ao seu ver ela estava apertada demais para o seu nervosismo repentino.

- O-Obrigado, senhora Akasuna, venha mais vezes e me alugue mais uma vez, não se esqueça disso. – Avisou enquanto deixava a mesa e corria para o lado de fora do clube.

O Kabuto já não estava mais por lá, provavelmente ele teria ido se encontrar com o seu amante de todas as noites, - amante esse que causou o fim do seu matrimônio - o Konohamaru deu sorte daquela vez, no entanto não era como se os outros hostess fossem ficar calados ante aquela situação, estava torcendo que a Chiyo desse conta e que ele não precisasse ser despedido.

Mar de rosas (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora