Sequestro

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– Capítulo 25 –

Sequestro.

Começou a chover novamente e a cada minuto que passava ia ficando ainda mais pesada a chuva. O Naruto não voltou para casa, o Kakashi teve que informar isso ao Fugaku, ele não deu detalhes, apenas o falou que iam passar a noite fora, eles dormiram na antiga casa dos Uzumakis, ou ao menos passaram a noite já que o Hatake não dormiu por estar velando pela vida do loiro e esse não dormiu por estar desenterrando coisas do passado.

Ele juntou dinheiro, duas mudas de roupa para o seu irmão e uma para ele mesmo, documentos e o jornal tudo em uma bolsa só, escondeu as outras coisas importantes em sua casa, não podia levar tudo consigo, logo, colocou apenas em seu pescoço o colar com uma pedra esverdeada que a Tsunade lhe dera quando era mais novo, aquilo era como um amuleto para ele, para ajudá-lo a ser mais corajoso e seguir de cabeça erguida o que realmente queria.

O grisalho nada perguntou, ficava na sua, apenas observando o Uzumaki de longe, sua língua coçava para dizer algo, porém ele não falou, virou-se apenas para o menor quando o mesmo chamou sua atenção enquanto fechava o zíper da mochila.

- Kakashi, pode me fazer um favor? – O ômega mais novo questionou ao se sentar no sofá e descansar um pouco suas pernas, carregar aquela barriga não era fácil.

- Sim, senhor Uzumaki. – Ele se aproximou do sofá olhando o garoto com atenção. “Ele se parece mesmo com o Minato e a sua personalidade lembra demais a Kushina”, o grisalho pensou e deu um sorriso interno para o menor não estranhar.

- Primeiro: me chame de Naruto, você alterna muito formalidade e informalidade – o menor riu. – e segundo: eu estou indo embora, irei levar o meu irmão comigo, então por favor, eu te imploro que não diga nada ao Sasuke ou aquela família. – Suspirou e pôs uma de suas mãos em suas têmporas.

Ele parecia sem opções no momento, mas já era de se esperar, o Kakashi era o braço direito da família Uchiha, eles confiavam plenamente nele, o Naruto não deveria ter esperanças quanto ao seu segredo ser guardado.

- Diga apenas ao Menma que eu estou indo e que lamento não tê-lo levado comigo, mas eu sei bem que ele não iria deixar o Itachi. – Sorriu de lado. – E quanto aonde eu vou, prefiro não te contar, evita uma mentira a ser contada ou uma omissão a mais.

O grisalho apenas assentiu com o seu semblante sério, não era capaz de opinar, nem podia, a vida era do ômega, por mais que ele tivesse carregando duas vidas de sangue Uchiha em sua barriga. Sem falar que ele preferia ficar sem saber aonde aquele garoto iria – por mais que já tivesse uma ideia – não gostaria de trair o seu chefe, logo ele que era o mais fiel.

- Descanse um pouco, pela manhã te levarei até o hospital. – O Hatake sugeriu e o menor assentiu.

Procurou uma posição confortável no sofá e terminou adormecendo de lado. Ao ver do Kakashi ele ainda era como aquela criança que corria pelos corredores da mansão dos pais e se perdia neles, chegava até mesmo a chorar e o grisalho tinha que seguir tal choro para guiá-lo de volta até os irmãos. Era engraçado, era uma boa época.

Tais pensamentos fizeram com que um sorriso se formasse no rosto alheio. Até mesmo um ômega que resolvera não pôr sentimentos acima do trabalho sentia falta.

- - -

Cedinho o loiro se acordou, o cheiro de café tomou posse de seu nariz, ele coçou os seus olhos, não estava mais chovendo do lado de fora, muito pelo contrário, pássaros iam e vinham cantarolando e se aninhando um com o outro. Aquele dia prometia. O ômega se levantou e a passos lentos foi até a cozinha, o Kakashi estava lá e a mesa estava toda posta.

Mar de rosas (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora