Três dias passaram-se e nenhuma notícia de Ben Barnes. S/N estava indignada com o sumiço daquele que deveria estar ao seu lado em meio às notícias. Seu coração acelerava e sua mente gritava.
A vida da garota não era a mesma a muito tempo, não fora somente o surgimento de Barnes que a fizera mudar. A meses, não tinha mais um namorado para sair todas as noites, não estudava, como nas épocas de escola, não possuía grandes amigas para curtir a sua juventude. S/N não vivia, sobrevivia.
- Venha jantar, querida. - grita a mãe da família.
A menina é retirada de seus devaneios e corre para a sala de jantar.
- Boa noite. - ela diz em cumprimento a todos.
Ela logo entedera o porquê sua mãe havia dito para a jovem vestir sua bela saia nude revestida de tecidos finos e tule. Sentados, havia seu pai, sua mãe, o secretário da saúde, a tabeliã e, provavelmente, o filho destes.
Sorrindo forçadamente e sentando-se ao lado de sua mãe, ela observa o jovem a sua frente. Com seus vinte e cinco anos, o homem não era uma figura desagradável de ter aos olhos, no entanto, ela não tinha a sua preferência em loiros.
- Jânio, Amélia, Júnior, essa é a minha filha, S/N. Devem conhecê-la. - eles assentem e o mais velho responde.
- Muito linda, acredito que seja de família. - todos riem em conveniência. - Venha a nossa casa qualquer dia, tenho certeza que meu filho a receberia muito bem. - o jovem, aparentemente, tímido, sorri levemente corado. S/N segura-se para não revirar os olhos.
- Quem sabe um dia? - o único motivo para não retirar-se daquele jantar instantaneamente era o respeito à reputação de seu pai. - Bom apetite.
Todos jantam, os homens conversam sobre negócios, as senhoras discursam sobre suas novas compras de taças e tapeçarias e a garota envia seus pensamentos a coisas que realmente mexem com a sua vida. Não jantares de negócio, não sorrisos falsos, mas algo que realmente tivera seu nome diretamente envolvido, pela primeira vez em toda a sua vida.
- Sem mais coadjuvantismo. - cochicha inconsciente.
- Oi? - questiona o jovem à sua frente.
- Nada, desculpe. - constrangida, a filha do prefeito e o filho do secretário agora sentados no macio sofá da sala de estar entreolham-se.
- É sufocante, não é? - ela surpreende-se com a pergunta do outro. - Digo, eu odeio todas essas reuniões disfarçadas e o fato dele me oferecer para toda jovem solteira e importante da cidade. Não que eu reclame, mas eu tenho que sair com todas sem parecer um galinha, e isso é impossível. - os dois riem baixo.
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