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𝕻𝖗𝖎𝖒𝖊𝖎𝖗𝖆 𝖕𝖗𝖔𝖕𝖔𝖘𝖙𝖆

Os finos e singelos dedos de S/N, pálidos de tanto que o nervosismo já a consumira, procuram pelo número daquele que merecia as suas desculpas mais sinceras.

Os finos e singelos dedos de S/N, pálidos de tanto que o nervosismo já a consumira, procuram pelo número daquele que merecia as suas desculpas mais sinceras

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- Diga. - sua fala era fadigada, como se acabasse de correr uma maratona. Seu tom também era visivelmente mais frio, tinha o ego magoado. - Se percebeu o erro, sou todo ouvido, mas se veio para xingar-me de algum outro nome, peço perdão, não sou obrigado a suportar isso.

- Espere, Júnior. - quando sentira que o outro estava disposto a ouvi-la, ela sucede. - Eu não acredito que desconfiei da única pessoa que me ajudou a invadir um estabelecimento familiar durante uma madrugada qualquer, correndo diversos riscos por alguém que mal conhecera. Eu estava com medo, mas nem isso justifica o que fiz, eu peço as minhas mais sinceras desculpas. Eu espero que entenda a situação frágil em que estou e que não desista da nossa amizade tão facilmente, mal nos conhecemos, mas eu já te considero parte essencial de mim. - suas palavras eram meticulosas e verdadeiras. Seu coração palpitava cada vez mais rápido aos segundos em que o silêncio prevalecia na chamada de voz. Um suspiro é perceptível.

- Eu espero que isso sirva de lição para que entenda que sou um amigo, não um inimigo. - um sorriso surgira em S/N. - As suas acusações nem faziam sentido, o meu pai está feliz na Secretaria da Saúde, e, bom, eu ficaria feliz se eu pudesse dizer que a garota que me encantou tão fortemente não acredita que eu estou tentando arruinar a vida dela. - sua respiração fora equilibrada, um riso baixo e amarelo é emitido. O clima, enfim, fora estabilizado.

- Obrigada, Júnior, você é o melhor.

- Eu sei. - o que poderia ser visto como egocentrismo em outros momentos, ali, confirmavam a bondade do loiro para com a menina, ele realmente queria tê-la por perto.

Apesar do desconforto inerente à situação, algo ali tornara-se definitivo: os dois eram aliados.

- E, sobre uma coisa, eu que deveria pedir perdão. - o homem, que adentrara seu carro e ligara a chave de ignição, comenta. - Eu sinto muito por não poder estar ao seu lado nesse momento. E eu sabia que tinha um concorrente, mas não sabia que era o Ben Barnes. - pela primeira vez durante todo o dia, a dama sorrira com sinceridade e alegria, suas bochechas coram, mas se orgulhava de ter o nome de um artista em sua pequena lista de romances. - Eu mesmo declaro a minha derrota, não se preocupe. - gargalhadas ecoam no alto falante.

- Não é exatamente assim que funciona, é só que... É o Ben Barnes. - os dois riem em cumplicidade. - Obrigada, Júnior, por tudo. Por alguns segundos, você me fez esquecer o monstro que me espera lá fora.

- Nada é um monstro, a menos que o trate dessa forma. Eu tenho que ir, alguém aqui não é famoso e precisa estudar para ter um bom salário. - mais risos são acrescentados à chamada. - Cuide-se, e não me deixe sem notícias.

𝐋𝐈𝐓𝐓𝐋𝐄 𝐆𝐈𝐑𝐋 | ʙᴇɴ ʙᴀʀɴᴇꜱOnde histórias criam vida. Descubra agora