LuísaJá era 23:40!
O baile já havia começado, mas eu ainda não havia saído de casa, para falar a verdade não estava afim de sair hoje, mas eu tinha que aparecer, eles esperavam por isso.
Meu irmãos já tinham ido a muito tempo. Eu demorei muito para me arrumar, pois não estava com ânimo nenhum! Passei uma maquiagem simples, soltei meus cabelos e coloquei um vestido rosa solto e bem leve, eu adorava me olhar no espelho e não consegui me ver como uma traficante, eu estava mais para uma patricinha, e se eu penso assim quem dirá os polícias que ficam na minha cola.
Ainda não sabem quem eu sou, sou fã do anonimato, polícias não lutam contra desconhecidos, ninguém luta!Desci de carro e num piscar de olhos eu já estava na quadra onde rolava o baile de hoje, a casa sempre vivia lotada e a cada vez mais pessoas de fora apareciam aqui, eu iria faturar bastante hoje...
Eu respirei fundo, olhei em volta e tinha muito homem gostoso para que eu não fizesse nada, então hoje, eu passo o rodo neste baile!
...
Já passava das três da manhã e eu não me encontrava em boas condições, eu estava louca, muito louca... Não lembro quantos copos eu havia virado e nem os cigarros que me ofereceram, também nem sei quantos homens eu peguei, eu estava completamente sem freio.
E ele estava lá, o cara que eu atropelei mais cedo, que eu não sabia o que estava fazendo no meu território.- Era meu! – ele disse quando pego seu copo de cerveja e o bebo tudo que estava dentro do recipiente.
- Falou certo! Era... – sorri debochada e ele me encarava estranho.
- Quem é você? – ele perguntou curioso.
- Luísa... – não me atrevi a dizer meu apelido e nem que eu era dona daqui, ele sacaria a qualquer momento.
- E como você se chama? – perguntei jogando seu copo de plástico fora.
- Jonathan. – meu olhar se fixou em seus lábios, que porra...
- Bom, quero saber de uma coisa... Você beija bem? – perguntei me aproximando ainda mais.
- O quê? – ele perguntou confuso e rindo.
Sem nem mais um segundo eu o agarrei sim! Me pendurei em seu pescoço e lhe dei um beijo de me tirar o folego, e aquele desgraçado beijava bem, ele conseguiu me arrepiar por inteira, não sei se era o álcool ou o beijo, mas tudo se afastou, o meu chão sumiu.
A sua língua dominava a minha com maestria e suas mãos passeavam pelo meu corpo, seu beijo sem duvida era diferente dos demais.
- Não pode me atropelar, ser mal educada e sair me beijando L-u-í-s-a... – ele apertou minha bochecha de uma forma que me deixou tentada. – quem você pensa que é?
Ele me soltou, na verdade me empurrou contra a parede que estava a poucos minutos, e ficou me encarando, eu não disse nada eu apenas me afastei meio irritada, meio chateada, meio excitada.
Que filho da puta...
Eu me sentia fora de sintonia comigo mesma, e meu rosto estava úmido, droga de álcool.
- Você está chorando? – Jade me perguntou assim que me encontrou. – amiga... – sim, ela era a minha melhor, amiga de correria desde sempre.
- Tem um filho da puta ai... – reclamei. – perguntou quem eu era, eu devia ter matado ele. Na verdade... Eu vou matar ele agora.
Disse procurando a minha arma, mas não conseguia encontra-la, porra não me lembro de ter saído com ela antes de travar o carro, merda... vou ter que matar ele amanhã.
Girei pelos calcanhares diversas vezes como se do nada minha arma fosse aparecer.
Ela não apareceu. Arfei.
- Vou chamar o Celo, você encheu a cara.
Ela saiu me arrastando pelas pessoas que ainda estavam ali, até encontrar meu irmão e ficar falando um monte de coisas que nem entendi.
- É só tirar os olhos de você que acontece isso, porra Luísa, não dá. – ele reclamou.
- Para de encher minha cabeça de merda, me dá sua arma, agora! – eu ordenei, mas ele não quis me dá.
- Vamos lá para casa, lá eu te darei ela. – ele tentou me passar a perna? Sério.
- Eu fiquei bêbada, mas ainda não fiquei burra. Não vou para casa nenhuma cassete.
Eu gritei e ele fechou a cara. E tentou sair me puxando, mas me soltei.
- Me solta porra, não encosta! Não vou para lugar nenhum, cadê a Catarina?
Eu fiquei mais irritada do que deveria, meu estomago começou a se embolar e em minha garganta parecia ter algo estranho...
- Na sua casa. E é serio! – Nando disse aparecendo atrás de mim.
- Ah, então eu vou pra casa! – sorri lhe dando as costas.
Eu vomitei perante o caminho e minha cabeça começava a latejar.
A casa estava escura, mas eu ouvia o som da TV e sempre que a Catarina some, rola umas putarias que eu acabo descobrindo.
- Chega de putaria por hoje! – reclamei entrando na sala e ela se sentava no colo do Hugo.
- Encheu a cara? – Catt me perguntou enquanto me analisava.
- Fodas! Fodas o que pensam... – fechei os olhos e me deitei como deu no sofá. – Catt me dê um banho...
- Eu não, você tem quase 22 anos. Está grandinha demais pra banho.
- Então eu chamo seu namorado... – dei de ombros.
- Vamos! Não vai ser ruim assim...
Ela realmente me deu um banho, bem rápido e me colocou para dormir.
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A Dona Do Morro ♚ Primeiro Comando
Художественная прозаCresci em um lugar que vi coisas demais acontecerem. Como injustiças, traições e amores. E uns, como eu, cresceram por eles. Outros foram arruinados. Cada um em seu tempo. Notei que todos enxergavam o Alemão como uma fábrica de dinheiro e poder, e...