Não fiquei muito tempo na boca, apenas conversei com algumas pessoas que foram lá para me ver. Meus homens contaram diversos casos de quando eu estava ausente, e como sentiam a minha falta. Depois eu desci de volta para casa, eu estava um pouco cansada, pois eu fiquei tanto tempo se fazer nada, que quase não me sentia a mesma de antes.
- O que aconteceu? – Catt perguntou após alguns minutos de termos voltado. – Eles estão com uma cara estranha. - olhei para Vitor, Jonathan e Celo.
- Eu acabei de constatar que a Luísa está ótima! – Celo começou a rir e os outros dois o acompanhou. Fiquei em silêncio dando a eles o gostinho de contar o que aconteceu.
- Ela está bem pior! – Jonathan arfou no fim, constatando que talvez isso não fosse tão bom quanto parecia, eu sorri.
- Garota, quando eu te ensinei as coisas, ser cruel não estava nos meus ensinamentos! – Nando disse se sentando ao meu lado no sofá e rimos.
- Isso eu aprendi com a vida! – disse pegando o controle e trocando de canal.
Eu acabei indo dormir cedo, não aguentei acompanhar o ritmo das pessoas que estavam presentes, e eu tinha recomendações para pegar leve no início, quando eu voltasse a fazer o que eu fazia antes. Jonathan dormiu no meu quarto, acordei antes do que ele, a casa estava silenciosa, então aproveitei para tomar um banho, tomar café tranquilamente e me preparar para sair com as meninas.
- Vou organizar o baile hoje! – Celo disse animado, hoje era sábado. E aproveitaríamos o baile para oficializar a minha volta, mesmo que todos já saibam.
- Tudo bem, não me dê prejuízos! – disse debochada e rimos.
As meninas apareceram horas depois, Catarina já estava pronta para irmos ao shopping, queria comprar roupas novas e coisas para o bebê. A casa foi enchendo, não entendi por que Vitor estava aqui de volta, sem Pietro, mas não me importei, ele estava falando algo com Celo sobre o Ruan e a cambada que estava junto com eles.
- Vou te fazer uma pergunta rápida, e me responda corretamente. – fiz uma pausa olhando para o Celo e todos se aquietaram. – onde está o meu dinheiro?
- Que dinheiro? Eu não... – eu o interrompi, sorrindo.
- Boa resposta! – disse indo para a escada. E ele ficou aliviado, os outros não entenderam nada e Catt explicou.
- Ninguém pode mexer no dinheiro que a Luísa guarda dentro de casa. Ninguém! – ela respondeu enquanto eu subia as escadas indo atrás do meu malote guardado em meu quarto, eu o tirei do fundo falso do armário, peguei uma boa quantia, queria pagar tudo à vista hoje.
- Vai ser um bom dia! – Disse debochada colocando mais de cinco mil dentro da bolsa.
- Um lindo dia! – Jade disse rindo e contente.
- Se guardava tudo isso em casa, por que quando eu te pedia emprestado você falava que não tinha? – Ricardo perguntou confuso.
- Você não paga, e se não me pagasse eu teria que te matar, eu te fiz um favor! – disse colocando minha bolsa no ombro e ele sorriu totalmente sem graça e todos riram.
- Então... obrigado? – ele perguntou pensativo e eu ri.
- Colega, estou de olho em você! – direcionei meu olhar para Vitor e fui saindo para a garagem, ele apenas lançou um sorriso e piscou para mim.
Pela primeira vez dirigi com cautela, o que foi estranho. Ao chegarmos ao shopping fomos diretamente às lojas de roupas infantis, Catarina parecia perdida no paraíso, saia escolhendo uma roupa atrás da outra e fora que eu e as meninas escolhíamos também, ao sairmos da loja as mãos da Catarina estava lotada.
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A Dona Do Morro ♚ Primeiro Comando
General FictionCresci em um lugar que vi coisas demais acontecerem. Como injustiças, traições e amores. E uns, como eu, cresceram por eles. Outros foram arruinados. Cada um em seu tempo. Notei que todos enxergavam o Alemão como uma fábrica de dinheiro e poder, e...