O tempo foi passando e a raiva foi perdendo espaço para o cansaço, me pergunto se eu tivesse ficado em casa com ela, isso poderia não ter acontecido, eu só quero que ela saía dessa e fique comigo, eu precisava dela, mais do que tudo.
- Familiares da paciente Luísa? – perguntou um homem com a aparência entre os 40 e 50 anos carregando uma prancheta na mão, todos nós nos levantamos ao mesmo tempo, Catt havia ruído todas suas unhas.
- Estamos aqui! Como ela está?
- O caso é estável, ela perdeu uma boa quantidade de sangue, mas já resolvemos este problema, ela se encontra no quarto andar no quarto 34, primeiro ela precisará de um acompanhante, e ela está dormindo por conta da anestesia.
- Então, eu posso ir ver ela?
- Claro! A visita é de dois em dois, sem mais pessoas no quarto!
- E quando ela sai?- Catt perguntou sorrindo.
- Ainda não temos previsão! Isso é tudo por enquanto! – ele diz antes de se despedir e ir atender outro paciente.
Eu estava ciente de que Luísa não acordaria por agora, mas tudo que eu precisava era de ver com meus próprios olhos de que ela estava bem, eu fui até o andar onde ela estava e entrei em seu quarto, Celo já estava providenciando os Homens que ficaram aqui para tomar conta dela, fiquei a observando dormir por um bom tempo, coloquei a sua aliança no lugar, onde nunca deveria ter saído, depois de algumas horas eu optei em ir para casa tomar uma banho, descansar um pouco e voltar mais tarde.
- Qual a parte de não a deixem sair vocês não entenderam? – Perguntei chegando em casa morto de cansaço e todos ficaram me silencio, Ricardo me ignorou beijando a Laura.
- Você deveria saber que se passasse pela cabeça dela que você estava lá fora era iria. – Julia disse preocupada. – como ela está?
- Bem! Quando sai ela estava dormindo... – disse indo para as escadas.
- Agora você só se importa com ela?- Rebecca perguntou grossa. – eu estou viva se quer saber.
- Eu sei que está, eu te vi quando entrei... – dei de ombros e fui para o meu quarto.
♚ ♚ ♚
Luísa
Havia um lugar que eu odiava a cima de tudo, Hospital. Geralmente eu só parava lá quando eu vacilava em algum momento. E aqui estou eu, quando acordei minhas vistas estavam um pouco embaçadas, minha perna latejava, mas era suportável.
- Bom tarde Luísa... – Disse o enfermeiro carregando em suas mãos um copo de água e uma caderneta.
- Boa tarde! Você sabe que horas são? – perguntei confusa me ajeitando na cama, ele era jovem e forte, poderia muito bem ser um segurança do que um enfermeiro, ele olha para seu relógio e sorri, demora a me responder.
- Ele não está funcionando, quer que eu ajeitei para você? – ele apontou para meus travesseiros, e eu disse que sim, ele se aproximou, regulou a cama e pegou um dos travesseiros, o apalpou e sorriu novamente.
- Será que pode me dar água... – ele me interrompeu.
- Você não vai precisar... Não mais... – antes que eu pudesse gritar ou apertar o botão de emergência, ele usou o travesseiro que estava em suas mãos e o forçou contra o meu rosto, enquanto tentava me sufocar ele sussurrava para que eu apenas aceitasse a minha morte, mas eu nunca faria isso, eu me debatia e tentava afasta-lo, eu tentava gritar, só que meus gritos eram abafados pelo travesseiro.
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A Dona Do Morro ♚ Primeiro Comando
Fiction généraleCresci em um lugar que vi coisas demais acontecerem. Como injustiças, traições e amores. E uns, como eu, cresceram por eles. Outros foram arruinados. Cada um em seu tempo. Notei que todos enxergavam o Alemão como uma fábrica de dinheiro e poder, e...