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Luísa
- Não! Você não vai...
Isso era o início de uma briga, que eu estava determinada a travar com o Jonathan, e eu venceria de qualquer jeito.
- Você não manda em mim, então eu vou! - bati o pé na sua frente, de braços cruzados e perdendo toda a minha paciência. Para piorar tínhamos plateia; Julia, Jade, Ricardo.
- Não mesmo, Luísa! Não mesmo! - ele me pegou desprevenida e me colocou em seu ombro, me levando para o seu quarto e me jogando na cama, antes que eu pudesse rebater ele saiu pela porta e a trancou comigo aqui dentro. Ele era um filho da puta!
- Jonathan, eu vou quebrar essa porta se não me deixar sair! - disse esmurrando a porta, essa era a ultima vez em que eu ameaçaria.
- Eu te falei, você não vai! Vai ficar ai dentro até amanhã. - em seguida escutei seus passos em direção à escada, ele me deixou trancada.
Isso em parte era culpa do Vitor. Iria fazer 8 semanas que ele estava me atazanando, meu morro estava em guerra como nunca esteve, nem a polícia me sufocou como Vitor estava fazendo. Iria fazer quase dois meses que as crianças não iam para a escola regulamente, que os comércios fechavam mais cedo e que eu tenho que chamar novos homens, muitas pessoas estão sofrendo por conta da nossa briga, e o pior, estão morrendo!
Jonathan não queria que eu participasse dessa invasão, pois na ultima eu quase levei a pior, depois que ele me deu seu anel, sem compromisso, ele passou a cuidar mais de mim. Não que fosse bom, mas às vezes ele me sufocava com tanta proteção. Eu tinha instintos primitivos e eu poderia está lá fora caçando o Vitor se ele não tivesse me prendido aqui. Passou-se seis meses desde que recebi o telefonema dele e que Jonathan e eu estamos juntos, talvez eu até entenda o motivo dele querer me manter viva.
Eu me deitei em sua cama e fiquei fitando o teto, escutava os tiros que vinham lá de fora, e eu não iria ficar aqui presa enquanto eles estavam lá fora, eu iria arranjar um modo de sair daqui, e quando eu saísse, cabeças iriam rolar... Literalmente!
Levantei-me da cama e fui até o armário do Jonathan, ele deve ter uma segunda chave. Ele era precavido demais para não ter uma segunda chave... Não encontrei a maldita chave! Mas eu tinha um grampo e eu sabia fazer milagres quando eu tinha um grampo e uma porta, com um pouco de prática eu abri a porta e desci as escadas, todos que se reuniram esperando que a guerra lá fora acabasse estavam encolhidos no sofá bem longe da porta, Jade, Laura, Ricardo, Rebecca e Julia... Cadê o Jonathan?
- Cadê ele? - eu perguntei descendo as escadas.
- Ele se foi... - Ricardo disse amedrontado por uma série de tiros vir lá de fora.
- Ele foi participar e me deixou aqui? - eu perguntei furiosa, eu não acredito!
- Se ele te contasse você não iria aceitar! Ele fez a mesma coisa que o Gabriel fez, foi escondido! - Jade deu de ombros e a Julia bufou, ela estava abraçada a uma almofada e seus olhos estavam avermelhados, estava chorando por Gabriel ter ido para a invasão sem falar para ela.
- É lógico que eu não iria deixar! Ele enlouqueceu? Se quer saber eu vou lá fora, e eu mesma vou matar ele... - disse olhando para os lados pensando por onde eu poderia ir.
- Ele quer o mesmo que você Luísa, matar o Vitor, já está virando novela... - Ricardo tinha o próprio jeito de falar a verdade; sendo irônico.
- Vou atrás dele! - disse determinada procurando a arma que eu tinha dado a ele para deixar aqui por proteção, eu a encontrei atrás da estante.
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A Dona Do Morro ♚ Primeiro Comando
General FictionCresci em um lugar que vi coisas demais acontecerem. Como injustiças, traições e amores. E uns, como eu, cresceram por eles. Outros foram arruinados. Cada um em seu tempo. Notei que todos enxergavam o Alemão como uma fábrica de dinheiro e poder, e...