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Luísa
Eu fui para a minha casa pensando em como o Iago pôde fazer aquilo comigo, ele era um tremendo filho da puta! É por isso que eu odeio aquela família, com todas as forças do meu corpo. Eles sempre me davam motivos para querer a cabeça de cada um deles.
Quando cheguei em casa, Celo estava lá roçando na piranha da Bruna em cima do meu sofá, isso só me deixou mais irritada. Eu não estava nos meus melhores dias para ficarem se esfregando no meu sofá, eu entrei batendo a porta para que notassem que eu havia chegado.
- Você vai subir pra boca agora! – me referia ao Celo. – e você sua cadela, pode ir pegando as suas coisas e sair daqui, por que se eu descer e te ver aqui eu vou matar você!
- Ok... Já estou indo! – foi tudo o que a Bruna disse. Ela saiu irritada, como se eu me importasse.
- Não precisava de nada disso Luísa, eu vou subir daqui a pouco! - ele cruzou os braços e ficou esperando que subisse também irritado.
- Está de brincadeira comigo? Ela agarrou o meu namorado e você ainda colocou ela aqui dentro de casa? – eu gritei furiosa e ele se arrependeu do que havia falado.
- Você nem gostava daquele vagabundo!
- Não interessa Marcelo, fodas! Cadê a Catarina? – perguntei subindo as escadas para o meu quarto.
- O que você acha? Andando por ai gastando o seu dinheiro! – ele deu de ombros rindo.
- Eu quero que você mande ela voltar, não quero ela saindo por ai sem eu saber!
Esses dias eu não queria que a Catarina andasse por ai sozinha, eu estava com mal pressentimento e eu queria ela dentro de casa. O movimento do morro para fora estava estranho e parecia que só eu havia notado isso.
- Como? - ele perguntou impaciente, Celo odiava ficar na cola da nossa irmã, os dois vivem implicando um com o outro.
- Ligando para ela! Ela não tem telefone cassete! Liga pra ela agora e manda ela voltar, eu quero ela aqui em meia hora.
Eu não queria mais conversa, então eu fui subindo as escadas enquanto ele tentava falar com ela, meu corpo estava cansado e a minha cabeça ainda doía um pouco por ontem. Eu acabei deitando na cama e dormindo.
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Jonathan
Eu não deveria ter falado daquele modo com ela, eu percebi que estava chateada, mas o que eu poderia fazer?
Pensei em ir a casa da Sem Lei... Bom, Luísa, ainda era estranho saber que ela mandava em tudo aqui, como uma mulher linda daquela mandava em tudo aqui? Isso era muito louco! Quando eu cheguei na casa o irmão dela parecia está saindo eu corri até ele para saber se ela estava.
- E depois ela me xinga em saber que estava com a Bruna... Ela está lá dentro, pode entrar!
Eu entrei e ele fechou a porta, fiquei esperando na sala, atento se eu escutava algum barulho de onde ela pudesse estar, eu chamei mas ninguém respondeu, então fui subindo as escadas, havia uma porta entre aberta e eu entrei...
Ela parecia um anjo dormindo, assim nem parecia que era capaz de colocar o terror em um morro inteiro, eu me aproximei, fiquei vendo ela dormir por uns segundos, se os homens que correm dela soubesse o quanto ela era frágil agora... Senti uma vontade louca de acariciar o rosto dela, mas antes que eu não respondesse por mim, eu me afastei, preferir sair do quarto e ir embora.
Ela era do tipo que quando menos imaginasse estaria na dela, como um cachorrinho fazendo de tudo para agrada-la, beijando o chão que ela pisa, ela era um veneno mortal cara! Se eu me envolvesse, eu estava perdido!
Fui para a minha casa, assim que eu pegasse minhas coisas eu iria para a praia, esfriar a cabeça e ir a caça, vai que eu encontro uma mulher mais bonita do que ela? A palavra impossível vem em minha mente, mas não custava tentar!
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NARRAÇÃO ESPECIAL
Catarina
Eu fui para a casa do Hugo, mas como não tenho paciência para aturar as melações e as irmãs dele, eu preferir descer o morro e ir para a copa, fazer compras! Meu celular tocou varias vezes e era o Celo, mas eu não atendi nenhuma das ligações daquele imbecil, o Léo estava indo comigo e não havia perigo.
- Catt, eu vou ali olhar umas coisas... E volto, não sai daqui, fechou?
- Eu posso esperar, mas não demora! Se não eu vou embora.
- Ok... eu volto logo! – ele foi indo para uma outra loja, depois de uma hora de espera eu me enjoei de ficar ali e cheia de sacolas, resolvi ir direto pro morro, eu estava perto de uma frota de táxi quando um carro vermelho parou e um cara lindo abaixou os vidros para falar comigo.
- Como vai? – antes que eu pudesse responder fui puxada para dentro do carro e após vendar os meus olhos ele sussurrou em meu ouvido sobre a minha irmã.
"Vamos ver se a Luísa não vai sair da sua fortaleza"
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Luísa
Não dormir por muito tempo, eu acordei e já passava das duas horas da tarde, decidi tomar um banho e colocar um biquíni, quero ir a praia, sair um pouco do morro. Eu andei pela casa procurando a Catt, mas ela ainda não havia chegado, e aposto que o Celo não ligou pra ela. Eu peguei as chaves do meu carro e fui para a garagem, eu estava preocupada com a Catt, mas ela sempre faz essa palhaçada de sumir e não avisar.
Meu telefone tocou quando eu estava entrando no carro e era o Celo.
- Manda? – perguntei sorrindo.
- Está de namorado novo? O tal Jonathan foi ai! – ele disse empolgado rindo.
- Está louco Celo? Eu não falei com ninguém. – disse confusa, eu não acredito que ele deixou um desconhecido entrar aqui em casa.
- Mas ele foi, eu deixei ele ai com você, eu não sabia que estava dormindo.
Que novidade, ele nunca sabe de nada, nada do que acontece ele fica sabendo.
- E quando você sabe de algo se não é sobre suas vadias e dinheiro? – perguntei irônica e ele riu.
- É verdades da vida! – ele gargalhou, filho da puta!
- Depois eu vou subir ai, primeiro vou á praia.
- Está armada?
- Sim! – como eu não queria mais conversar, desliguei o telefone na cara dele.
As coisas eram assim, entra gente na minha casa e eu nem fico sabendo, o Celo é desse jeito, sempre deixa passar algo e libera qualquer um para entrar na minha casa, se for para me matar ele nem fica sabendo que morri e quem é o assassino. Ele é burro, é meu irmão, mas é burro.
Eu fiquei curiosa para saber o porque de Jonathan ter ido até a minha casa, e o que o fez ir embora sem me acordar, então eu decidi ir até a casa dele para saber. Quando ele me recebeu estava sem camisa, mostrando a boa genética que ele havia recebido dos pais, caramba... ele era... Ele era espetacular, eu até fiquei sem fôlego e foco por alguns minutos, o ruim é que ele percebeu. Ele era gostoso pra cassete!
- Oi...é.. é... por que foi na minha casa? – eu comecei a gaguejar no início, quando meus olhos se desviaram para o peitoral dele, mas depois eu consegui manter o controle e soltei rápido demais.
- Conversar, mas como estava dormindo eu voltei! – ele disse sorrindo percebendo que meus olhos davam certa importância para seu peitoral definido, totalmente definido...
- Se não é importante eu vou indo! – disse desviando o olhar antes que meus olhos descessem novamente, eu fui me virando.
- Está indo a praia? Pode me dar uma carona?
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A Dona Do Morro ♚ Primeiro Comando
General FictionCresci em um lugar que vi coisas demais acontecerem. Como injustiças, traições e amores. E uns, como eu, cresceram por eles. Outros foram arruinados. Cada um em seu tempo. Notei que todos enxergavam o Alemão como uma fábrica de dinheiro e poder, e...