TRINTA E CINCO

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E não é que o neném ficou bem bravo!!!! iiiiiii JojoSandovalRios todo teu meu amor!!! 

— Quem são vocês e por que estão me seguindo?

— Victória... — Heriberto tentou intervir.

— Fique calma que não somos seus inimigos! — mantinha sua postura e o elevador começou a apitar por ela estar segurando a porta. — Te espero no restaurante do hotel para que possamos conversar!

Victória não se intimidou com o jeito dele e entrou no elevador fazendo assim, Heriberto também entrar e as portas se fecharam com os quatro lá dentro... O homem sorriu com a ousadia dela em entrar num elevador com dois desconhecidos e ela ainda arriscar a vida de seu acompanhante, abaixou as mãos a repousando juntas frente a seu corpo esperou que o elevador chegasse a seu destino, o homem a seu lado também se mantinha apenas a olhando, mas se precisasse iria agir.

Acho melhor não assustar as pessoas com essa arma!

— Cala a boca e sai primeiro do elevador! — falou assim que olhou o painel.

As portas se abriram e ele saiu tranquilamente ao lado de seu acompanhante e ela saiu logo atrás colocando a arma na bolsa e Heriberto a parou.

— O que pensa fazer Victória?

Ela o olhou e tocou em seu rosto.

— Saber quem são e se vou precisar prendê-los ou trocarmos de hotel! — beijou seus lábios.

— Acho melhor irmos embora para casa!

— Eu não vou estragar a nossa lua de mel, eu prometo!

Ele respirou fundo porque só o fato de ela andar armada mostrava que não estavam seguros em lugar algum e assim não poderiam desfrutar de uma calma que ele não teria mais a partir daquele momento e mesmo com suas palavras ele já sabia que a lua de mel estava terminada. Victória o beijou mais uma vez e caminhou na direção que os homens estavam parados a esperando e ele a seguiu, sentaram em uma mesa e em momento algum ela tirou a mão de sua arma.

— Comecem a falar porque vocês já estragaram de mais o meu dia!

Ele riu.

— Não era a minha intenção e muito menos do meu amigo aqui! — tocou o ombro dele.

— Como pode ser seu amigo se mais cedo me disse que era seu empregado?

— Fazia parte do show ou não conseguiria chamar sua atenção. — um garçom se aproximou e ele pediu a melhor garrafa de vinho. — Victória, eu só preciso que me ajude a encontrar minha filha!

Ela elevou a sobrancelha sem acreditar no que ele dizia.

— Minha filha só tem quinze anos e foi levada há alguns meses, eu sei que trabalha com isso e eu te peço que me ajude!

Victória no mesmo momento sentiu um aperto em seu coração por se lembrar de sua menina e se fosse verdade poderia muito bem entendê-lo.

— Se era somente isso por que não falou de uma vez?

— Eu pensei em te sequestrar e contar a minha história, mas seria uma abordagem perigosa de mais e eu não queria levar um tiro! — deu um meio sorriso por saber de seu histórico, mas nunca conseguiu falar com ela.

— Me explique logo de uma vez toda a história para que eu possa acreditar em você!

Ele concordou e se apresentou como um dos maiores exportador de diamantes tinha rios de dinheiro, segurança muito bem equipada, mas num deslize tinha perdido sua filha para aquela maldita organização chamada coração pirata.

— Ela só tem quinze anos e não posso imaginar o que pode estar sofrendo nas mãos dessa gente!

— Ela estava comigo no carro quando eles nos emboscaram e meu carro capotou me deixando com o rosto assim queimado! — respirou com ódio. — Eu dou a minha vida se for preciso para salvar a minha sobrinha!

— Nos acabamos com uma parte dessa quadrilha, muitas meninas ainda estão sob nossa proteção, algumas hospitalizadas e outras perdemos completamente o rastro por serem vendidas para outro país! — foi sincera. — Precisa me enviar tudo que tem para que eu possa te ajudar!

— Victória, estamos em lua de mel! — Heriberto cobrou pela primeira vez mesmo se sensibilizando com o caso dele. — Esse homem pode estar mentindo e te levando para uma emboscada e mesmo assim você ainda quer trabalhar com ele?

— Pelo sim e pelo não, ainda é uma adolescente assim como nossa filha!

— E você quase morreu! — ficou de pé. — Eu não vou ficar aqui vendo você se arriscar depois de ter me prometido que iria ir com calma! — e sem mais deu as costas para voltar ao quarto.

Victória respirou fundo o vendo ir e depois olhou para os dois homens.

— Victória, se tem alguém que possa me ajudar no seu departamento, eu ficaria grato porque não quero seu marido bravo!

— De certo modo já o fez! — respirou fundo, mas tirou de dentro da bolsa o número do seu agente de confiança. — Procure por ele e assim que estiver de volta na cidade, eu o ajudarei a encontrar sua filha.

— Muito obrigada e me desculpe aparecer desse modo!

— Eu preciso ir!

Victória se despediu e voltou ao elevador e logo estava entrando no quarto e na porta da varanda encontrou Heriberto já sem camisa e olhando para qualquer lugar. Ela deixou suas coisas sobre a mesa e foi a ele o abraçando forte.

— Meu amor, eu não quero que fique bravo!

Ele respirou fundo.

— Como não quer que eu fique bravo? — se soltou e virou para ela. — Eu sei o quanto seu trabalho é pesado, mas você apontou a arma pra um homem desconhecido, colocou nossa vida em risco dentro daquele elevador e simplesmente diz que vai trabalhar na nossa lua de mel? — entrou no quarto. — E quando ficar grávida? Você vai colocar nosso bebê em risco nessas missões? — não era de ficar bravo e compreendia o trabalho dela, mas naquele momento queria que ela entendesse que não podia sair por aí colocando a vida deles em risco.

— Não é pra tanto Heriberto! — o encarava. — Quando me pediu em casamento sabia perfeitamente a minha profissão e o quanto arriscado era!

Era difícil ele perder a calma, mas naquele momento ele estava extremamente chateado e apenas concordou com a cabeça e foi para o banheiro, bateu a porta para não dizer coisas que a magoasse. Victória sentou na cama e ficou por alguns minutos olhando para a porta do banheiro e ele não saiu, não era para estarem brigando e sim fazendo amor, rindo dos momentos juntos, mas agora estavam ali cada um em um canto.

Victória resolveu pedir o jantar para os dois e ele saiu do banheiro com a toalha enrolada na cintura, tinha tomado um banho para refrescar a cabeça.

— Meu amor, por favor!

— Não precisa dizer mais nada Victória, eu já entendi que vou ter que viver o resto da minha vida com o coração na boca sem saber se você vai voltar pra casa ou não! — pegou qualquer roupa pra vestir já que não sairiam mais do quarto.

— Você está sendo radical de mais, eu sei que às vezes faço as coisas no impulso, mas eu estou tentando ir mais de vagar por sua causa!

— Se é só por minha causa, não precisa parar de fazer o que tanto ama, mas não me peça pra entender ou que tenhamos outro filho! — jogou a toalha em qualquer lugar.

Ela ficou de pé e os olhos ficaram cheios de lágrimas enquanto se encaravam.

— Vai querer o divórcio também?!

Coração Pirata - TekilaOnde histórias criam vida. Descubra agora