VINTE E TRÊS

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Boa noite meus amores, aqui com mais um capitulo dessa bebezinha JojoSandovalRios toda sua meu amor!!!

O barulho de salto batendo naquele chão frio a fez ter calafrio e a silhueta de uma mulher se fez presente em meio ao escuro que fazia ali não revelando a Victória o rosto daquela mulher.

— Quem é você?

Um pequeno riso soou e as mãos passaram na roupa como se tivesse que arrumar alguma coisa ali, mas nada precisava já que aquela mulher estava impecável em sua vestimenta branca.

— Regina Helena te lembra algo? — esperou a reação dela.

Victória sentiu todo seu corpo esfriar e de imediato disse:

— Não se brinca com os mortos! — segurava sua arma apontada para ela. — Agora me diga de uma vez quem é você e o que quer de mim?!

Mais três passos foram dados e o rosto dela foi revelado fazendo com que Victória abaixasse a arma no mesmo momento que encarava aquele par de olhos... Não podia ser verdade que ela estava ali em sua frente, não podia mesmo e Regina se aproximou mais dela com um terno sorriso sabendo que ela estava assustada por vê-la ali.

— Você morreu... — os olhos se encheram de lágrimas.

— Então eu sou um the Walking dead! — brincou se fingindo de zumbi e Victória deixou que lágrimas rolassem por seu rosto. — Não chora meu amor! — tocou o rosto dela. — Foi preciso que fosse assim pra que eu pudesse ajudar a todas essas garotas inclusive sua menina! — sorriu.

— Foi você quem a ajudou? — respirou fundo pra não chorar mais.

— Fernanda, não te contou?

— Tantas coisas aconteceram que acho que ela esqueceu! — tocou a mão dela. — Eu quase morri quando me disseram que tinha morrido e agora você está aqui!! — não conseguia acreditar.

— Um pedaço do meu coração ficou com você, minha irmã! — sorriu acariciando os cabelos dela. — Eu só apareci porque eu preciso da sua ajuda!

— Antes que me diga o que quer me diga se é Carreira por trás de todo esse esquema de coração pirata!

— Eu nunca o vi, mas disseram que ele não tem uma mão! — falou o que sabia. — Ele vai chegar ao país em cinco dias e é por isso que quero a sua ajuda, sabemos que não vamos conseguir parar isso assim, mas com ele morto podemos controlar melhor esse negócio e salvar mais dessas meninas!

Victória não precisou ouvir nada mais para ter a certeza de que era ele o maldito responsável por aquela quadrilha e que tinha pegado sua menina para se vingar, mas ela acabaria com ele e com a ajuda de Regina seria ainda mais fácil. Elas saíram dali e foram para outro lugar mais reservado e ela contou tudo que tinha feito naqueles dois anos e Victória ligou alguns pontos entendendo que tinha sido ela a ajudar.

As duas se abraçaram, se beijaram e ficaram ali se curtindo com aquele reencontro maravilhoso. Regina Helena tinha sido o pilar de Victória desde o primeiro dia naquele inferno, depois descobriram que o pai de Victória também a tinha vendido ainda bebezinha e isso fortaleceu ainda mais o elo que tinham.

Eram da mesma família e nem podiam imagina que o pai era um monstro como aquele, Victória nunca tinha ouvido falar que tinha outra irmã, mas com investigações de todo lado souberam que ele a tinha vendido assim que ela nasceu e ele alegou a esposa que a pequena tinha falecido. Erasmo era mais um integrante daquela quadrilha e somente queria filhos para vender e obter muito dinheiro com suas vendas, não tinha sentimento por ninguém somente por si mesmo e ainda estava solto no mundo escondido como a ratazana que era.

A saudade era tanta entre elas que quando pararam na frente do carro de Victória, elas ficaram se encarando e logo se abraçaram forte mais uma vez e se soltaram. Victória não queria deixar que ela fosse, mas era preciso para que o plano desse certo sorriram e Victória falou.

— Precisa conhecer minha família! — segurava a mão dela.

— Eu vou conhecer logo, Fernanda é linda e se parece muito com você e Heriberto deve ser tudo e mais um pouco do que me contou pra que sorria tanto assim. — brincou.

— Ele é maravilhoso sim! — o sorriso estampou o rosto todo com os olhos brilhando.

— Eu percebo por seus olhos, mas agora vá pra casa a ligação que recebeu foi minha somente para te tirar de casa!

— Não suma! — apertou sua mão.

— Não vou minha irmã e te digo que nos próximos dias vai receber mais duas meninas que estão pra dar a luz, mas os bebês eu não consigo salvar! — falou com pesar.

— Tudo bem, um dia iremos conseguir trazê-los de volta! — falou com confiança.

Regina a abraçou e logo Victória entrou no carro e se foi dali com um lindo sorriso, sua irmã estava viva e era tudo o que importava para ela naquele momento. Dirigiu até em casa com os pensamentos a mil, mas sabia que tudo iria se resolver em breve e aquele maldito do Carreira iria ter o seu fim merecido, ela entrou em casa e para sua surpresa deu de cara com Fernanda que a encarou sem seu sorriso que sempre tinha quando a via chegar.

— Oi meu amor! — foi a ela e a beijou mesmo não sendo retribuída. — Que bom que está aqui, quero que me diga quem é Regina Helena?! — a soltou e esperou pela resposta.

Fernanda olhou para a mãe e buscou em sua memória até que recordou.

— É o nome da mulher que me deu o telefone pra te ligar. — Se arrumou melhor no sofá. — Por quê?

— Só queria saber! — sorriu e tocou o rosto dela. — Me desculpe por ontem, mas você precisa entender que eu me preocupo e tenho medo que te peguem novamente e por isso agi sem deixar que falasse.

Ela enrugou a testa fechando a cara.

— Eu não ando sem esses cão de guarda, nem beijar na boca eu consigo porque eles ficam em cima, imagina ir ao shopping comprar algo pra você sem eles!

Victória elevou uma sobrancelha no mesmo momento com o que ela dizia.

— Está de namoradinho e não contou?

— Eu só estou dizendo como é! — bufou.

— Não precisa ficar brava, Fernanda, eu só quero saber as coisas de você como toda mãe quer saber. Tanto tempo sem você que eu ainda estou aprendendo!

Ela respirou fundo.

— Me desculpe, mas eu também estou me acostumando a tudo isso! — foi a ela e a abraçou forte.

— Eu te amo minha filha e só isso que importa!

— Eu também te amo! — a beijou. — Vamos ter mais calma uma com a outra!

Victória riu nos braços dela, era tão bom estar ali que ela iria sim ouvir mais sua menina porque não queria ficar brigada com ela nem um minuto se quer. Ela sabia que dias difíceis viriam assim que seu maior inimigo estivesse na cidade, mas ela resolveria tudo para poder ficar tranquila com sua família sem medo ou receio de que algo aconteça.

Coração Pirata - TekilaOnde histórias criam vida. Descubra agora